O material apreendido na Operação Boca Raton, deflagrada na manhã desta sexta-feira (18), vai reforçar as investigações do procedimento investigatório criminal, aberto em 2019, que tem o objetivo de desbaratar uma possível organização criminosa que atua em Manaus praticando crimes de lavagem de dinheiro, peculato, tráfico de influência, corrupção ativa e passiva.
Ao todo, foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão e 11 mandados de buscas pessoais. Os alvos foram pessoas físicas e jurídicas em diversos pontos da cidade. Os mandados, expedidos pela Central de Inquéritos, são medidas cautelares, complementares a outras diligências já realizadas no âmbito desta investigação, e que reúne relatórios de Inteligência Financeira, oriundos de órgãos de controle, como o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), além de outras provas materiais, colhidas durante a tramitação do processo investigatório pertinente.
A operação, organizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), recolheu equipamentos eletrônicos, computadores, aparelhos celulares, documentos e dinheiro em espécie, o que, de uma forma geral, é material probatório de interesse. As diligências foram cumpridas com apoio de 55 policiais civis, 15 servidores do MPAM, coordenados por quatro Promotores de Justiça do GAECO.
As listas de endereços e dos alvos da operação não foram divulgadas. Por enquanto, a eficiência das investigações são determinantes da manutenção excepcional e temporária do sigilo. “Com os relatórios de investigação financeira, identificamos mais alguns alvos que mostrar a necessidade de aprofundar a investigação que segue em caráter sigiloso. Esse é o resultado do trabalho de análise do nosso laboratório de lavagem de dinheiro. O material apreendido será analisado para que sirva de elementos para possível persecução penal”, informou o Procurador-Geral de Justiça, Alberto Rodrigues do Nascimento Júnior.
Texto: Arnoldo Santos – ASCOM MPAM
Foto: Yasmim Salomão – ASCOM MPAM