Considerada um dos melhores equipamentos disponíveis no país, a torre de vídeo é empregada para realização das cirurgias laparoscópicas, um tipo de procedimento minimamente invasivo, feito através de pequenas incisões e, portanto, menos traumático que as cirurgias convencionais. Neste caso, o trauma cirúrgico é minimizado através deste procedimento, tendo ainda efeito estético melhor, pois as cicatrizes cirúrgicas são bem menores.
Mais tecnologia, procedimentos menos invasivos e redução no tempo de internação. É o que as duas novas torres de vídeo, adquiridas pela Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), unidade vinculada à Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), irão proporcionar aos pacientes oncológicos e aos profissionais que atuam na instituição em procedimentos cirúrgicos oncológicos.
Melhorias – Uma das torres já se encontra disponível para uso dos cirurgiões da FCecon desde os primeiros dias de dezembro. O equipamento, da fabricante Storz, contém sistema de gravação de imagem full-HD; microcâmera digital; monitor de alta resolução – 4k; fonte de luz LED; insuflador; endoscópio; dentre outros itens.
“Sem dúvida, as cirurgias laparoscópicas são extremamente vantajosas aos nossos pacientes. Através dessas cirurgias, o paciente sente menor dor no pós-operatório e, portanto, a tendência é usar uma quantidade menor de analgésicos. Outro ganho é o tempo de internação, que tende a ser menor, e esse paciente tem uma alta hospitalar mais precoce”, destaca o diretor-presidente da FCecon, mastologista Gerson Mourão.
Especialidades – A Fundação já realiza cirurgias laparoscópicas e contava, até o início de dezembro, com uma torre de vídeo. Segundo a gerente do Centro Cirúrgico da unidade, enfermeira Graça Godim, de janeiro a novembro de 2020, foram realizadas 200 cirurgias deste tipo, principalmente procedimentos na Urologia e Oncologia Geral.
As duas torres de vídeo foram adquiridas a um custo total de R$ 720 mil, com recursos de emendas parlamentares destinadas pelos deputados estaduais Belarmino Lins e Ricardo Nicolau.
“Hoje, para tratar um câncer de bexiga, você precisa fazer uma cirurgia minimamente invasiva, que é a ressecção endoscópica transuretral do tumor. Através de um aparelho conectado à câmera, que por sua vez está conectada à torre de vídeo, você introduz o aparelho pelo canal da uretra, chega à bexiga e realiza a cirurgia para o tratamento do câncer”, explica o gerente do serviço de Urologia da FCecon, urologista George Lins.
Uma das especialidades que serão beneficiadas com a chegada das torres de vídeo é a Urologia, que realiza tanto cirurgias laparoscópicas, como as nefrectomias (retirada de rins) e as prostatectomias (retirada da próstata), quanto as cirurgias endoscópicas.
Procedimento semelhante é feito nas mulheres com câncer de colo uterino avançado, que apresentam a obstrução das vias urinárias.
Os pacientes de câncer de próstata também são beneficiados, entre eles os que têm doença metastática, destaca Lins. Pelo avanço do tumor, muitos dos pacientes apresentam dificuldade para urinar. Por meio da torre de vídeo, introduz-se o aparelho e se consegue ressecar o tumor, desobstruindo o canal urinário.
Novos equipamentos – A FCecon também adquiriu um sistema laparoscópico da fabricante Confiance, que já se encontra na instituição e aguarda somente montagem pelo fornecedor.
“Várias cirurgias podem ser realizadas através das técnicas minimamente invasivas, e a torre de vídeo vem trazendo essa possibilidade para que nós possamos realizar esses procedimentos para o tratamento das neoplasias. A FCecon ganha, os profissionais que atuam nela ganham, e os pacientes são aqueles que mais se beneficiarão com as chegadas das torres de vídeo”, afirma George Lins.