O depoimento do diretor executivo do Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH) no Amazonas, José Luiz Gasparini, na manhã desta sexta-feira (28), na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde, revoltou o deputado estadual Wilker Barreto (Podemos). O gestor revelou que a Organização Social (OS) que administra o Hospital e Pronto Socorro Delphina Aziz disponibilizou, durante a pandemia do novo coronavírus, todos os leitos clínicos e de UTI na unidade de saúde, mas que o Governo utilizou apenas 50% das vagas ofertadas.
Para o parlamentar, a decisão do Executivo pela não ocupação dos leitos vagos no Delphina em meio ao pico da Covid-19 custou vidas da sociedade amazonense. Ao todo, a unidade somava 352 leitos, e 176 vagas deixaram de ser utilizadas desde abril, quando iniciou o aditivo de R$17 milhões por parte do Estado à OS.
“Enquanto o povo batia nas portas dos hospitais pedindo socorro, tinha 50% de leitos disponíveis no Delphina, o próprio diretor da OS afirmou que deixou tudo equipado, mas quem era o responsável pela regulação era a Susam. Morreu gente no Amazonas com mais de 100 leitos já pagos pelo contribuinte. Isso é muito grave, é criminoso”, afirmou Wilker.
O diretor do INDSH explicou, ainda, que enviava informações sobre vagas de leitos em tempo real para o complexo regulador e que a Susam era a responsável pela remoção e transferência dos pacientes, o que para Barreto, comprova que o Governo tinha conhecimento da quantidade de vagas no Delphina.
“Isso materializa que tanto o governador e o vice tinham conhecimento que existiam leitos sobrando no Delphina e nada fizeram. Foram culpados, omissos e deveriam ser presos. Qual é a diferença de um 38 engatilhado na cabeça e deixar um cidadão morrendo sem ar por conta do Covid?”, questionou o deputado.
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