Promovido pela Ouvidoria do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM), o evento “Ouvidoria Day” discutiu, entre diferentes temas, o “Programa de integridade, humanização do atendimento e o papel das ouvidorias”.
A discussão girou em torno de situações específicas referente às ouvidorias no tratamento aos denunciantes, como a confiança, a proteção e as formas de manter o órgão transparente tendo em vista os possíveis riscos nas manifestações.
Com a mediação do presidente do Comitê de Ouvidorias e Corregedorias do Instituto Rui Barbosa (IRB), conselheiro Gilberto Jales, dois palestrantes apresentaram suas abordagens para contribuir na discussão do tema.
“Os assuntos tratados no segundo painel, sobre integridade e humanização, são muito importantes já que as pessoas precisam ganhar confiança nas ouvidorias para que ela cumpra seu papel e o controle social se efetive”, afirmou o conselheiro Gilberto Jales.
A superintendente da Controladoria Geral da União no Amazonas, Mona Liza Ruffeil, falou sobre o “Programa de Integridade e o papel das ouvidorias”. Segundo ela, a Ouvidoria tem um papel fundamental no fomento à integridade, sobretudo trabalhando no incentivo à administração em identificar os riscos apresentados pelo órgão público em questão, de forma que gere uma transparência maior para a sociedade.
“Fomentar a integridade, no aspecto da natureza humana, é necessário. Temos que conhecer a nossa instituição, mapear os riscos da mesma para poder controlar e mitigar todos esses riscos, falando disso de forma muito aberta. Além disso, ter apoio da alta administração é um pilar nesse combate às situações dolosas, como a corrupção, que podem ferir a integridade”, destacou a superintendente da CGU no Amazonas, Mona Liza.
Humanização do atendimentoO ouvidor do Tribunal de Contas do Paraná (TCE-PR), Patrick Machado, falou sobre a “Humanização do Atendimento das Ouvidorias”. Para ele, as peculiaridades causadas pela pandemia deixaram ainda mais evidente a necessidade de proatividade dos órgãos públicos.
“A humanização e a proatividade são temas que se cruzam, inclusive relacionados à pandemia. Desde o momento que se iniciou a calamidade na saúde, tudo mudou. Não deixamos de realizar eventos por conta dela, então a proatividade permanece presente. Para que possamos atender bem quem nos procura, precisamos tê-la como primeiro fator”, afirmou o ouvidor do TCE-PR, Patrick Machado.
Ele também explicou a importância de valorizar as manifestações feitas às ouvidorias, mesmo que sejam simples e pouco técnicas, de forma que o atendimento seja mais humanizado, contribuindo para o exercício da cidadania.
“Entender, ouvir, compreender, aconselhar e respeitar as necessidades do cidadão é o que chamo de pacote humanizado.
A humanização vai ter a proatividade de forma bem determinada, por dar aquela atenção especializada para aqueles que procuram. Quebrar o formalismo e procurar entender a manifestação do cidadão, independente como ela é apresentada, é entender que toda manifestação é legítima e tem o seu valor”, explicou Patrick Machado.
Após as apresentações, o mediador do debate, o conselheiro Gilberto Jales, abriu espaço para comentários e questionamentos dos participantes, que perguntaram, entre algumas situações, como as ouvidorias dos Tribunais de Contas podem colaborar para a manutenção da transparência. Os debatedores explicaram como o trabalho é feito, por meio de comitês, para que haja sinergia com a atuação dos Tribunais e, assim, se obtenha a transparência.
Texto: Lucas Silva