O Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam) realizou nesta quinta-feira (26/11) uma visita técnica ao Centro de Experimentação da Comissão Executiva do Plano Lavoura Cacaueira (Ceplac), localizado no Km 48 da rodovia BR-174 (Manaus-Boa Vista). O objetivo foi demonstrar o modelo de Sistemas Agroflorestais como alternativa sustentável para a recomposição de áreas antropizadas e com passivo ambiental.
A visita, que foi conduzida pelo diretor-presidente do Idam, Valdenor Cardoso, com a participação de 14 gerentes de unidades locais do órgão, faz parte da oficina sobre Regularização Agroambiental para técnicos que atuam no interior do Amazonas e para os novos servidores empossados, que iniciou nesta segunda-feira (23/11).
Na ocasião, o diretor-presidente apresentou os trabalhos realizados na Ceplac, em especial os Sistemas Agroflorestais (SAFs), nos quais se dá o cultivo de várias espécies distintas em uma mesma unidade de produção, incluindo cacau, açaí e espécies madeireiras, como o mogno e o jatobá.
“Faz parte da questão agroambiental a recuperação de áreas degradadas e de passivos ambientais. A Ceplac tem um Sistema Agroflorestal com vários arranjos produtivos, todos sustentáveis e com espécies que são aceitas pela legislação como reconstituintes do meio ambiente, fornecendo proteção ao solo, sequestro de carbono e recomposição florestal”, explicou Cardoso.
Segundo o diretor-presidente, um dos objetivos da visita foi apresentar o modelo de SAF utilizado na Ceplac aos gerentes das unidades locais de municípios do sul do estado, onde as pressões ambientais são maiores em decorrência da pecuária.
Cardoso explicou também que este modelo de Sistema Agroflorestal foi desenvolvido pelos técnicos da Ceplac, a fim de atender às peculiaridades fisiológicas do cacau, que requer sombra para seu desenvolvimento, e agregar um valor ecológico. Para isto, a Comissão adotou espécies florestais como o mogno africano, o mogno brasileiro, o jatobá, a andiroba, a copaíba e o açaí para serem cultivadas em conjunto com o cacau.
A oficina segue até amanhã (27/11), com apresentações teóricas sobre as ações do Idam voltadas à regularização ambiental. Para Cardoso, as apresentações realizadas ao longo desta semana se somam à visita técnica de hoje para demonstrar na prática a sustentabilidade ambiental, econômica e social à atividade agropecuária.
“O Idam fomenta o setor rural, atendendo aos requisitos ambientais dos órgãos de controle, da natureza e da sociedade, que exige um meio ambiente saudável”, concluiu.