Escola Waldir Garcia promove formação sobre autismo para profissionais que atuam na educação especial
Mais de 50 profissionais da Prefeitura de Manaus, entre professores, pedagogos, secretários, serviços gerais e merendeiras participaram na manhã desta sexta-feira, 28/2, da primeira formação sobre Transtorno Espectro Autismo (TEA), na biblioteca da escola municipal Waldir Garcia, bairro São Geraldo, na zona Centro-Sul. A unidade é a primeira da rede municipal de ensino a desenvolver a modalidade da Educação Integral e Transformadora.
A ação foi uma iniciativa das professoras da Sala de Recursos da unidade de ensino e teve como objetivo compartilhar informações sobre o autismo e criar novas estratégias. Este ano, a escola conta com 15 alunos da Educação Especial, entre autistas, deficientes físicos e intelectuais.
O evento, que discutiu sobre as formas de intervenção e contou com várias oficinas, teve ainda a participação de convidados do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Irmã Evelina Trindade, Colônia Terra Nova e da Escola Sesi Doutor Francisco Garcia.
“Esse é um momento de apoiar todos os professores e não apenas os que atuam nas salas de recursos, já que trabalhamos a inclusão na rede municipal. O que queremos é que todos tenham argumento e condições de dar continuidade no processo de ensino aprendizagem desses alunos, sem deixá-los de fora de todas as atividades desenvolvidas na sala ou na escola”, explicou a professora da Sala de Recurso e do Ensino Regular, Danielle Coelho.
No primeiro momento da formação todos os participantes aprenderam um pouco mais sobre os alunos diagnosticados com TEA e os vários níveis e todos puderam falar das experiências em sala de aula e a forma que desenvolvem a inclusão da criança, além da importância da participação da família nesse processo.
A professora do Cmei Irmã Evelina Trindade, Adriana Rebolças, do 2º período, contou um pouco da experiência com um aluno autista que antes não falava, não escrevia e não se socializava com as outras crianças.
“Momentos como esse são de extrema importância para nós que trabalhamos com crianças do Ensino Regular e da Educação Especial. Muito bom para dividirmos nossas experiências, angústias e vitórias. Eu tenho um aluno que não falava e, hoje, ele já pede para ir ao banheiro, reconhece as vogais e os números, brinca com os outros coleguinhas. Tudo isso é muito importante, porque eu posso incluir mais algumas atividades na aprendizagem desse aluno”, disse a professora.
Já a professora Greice Falcão, que atua em uma creche privada, parabenizou a iniciativa da escola e agradeceu em poder participar da formação. “Nós sempre estamos em contato com a escola Waldir Garcia. Para nós, essa é uma escola modelo e tudo o que podemos absorver daqui, tentamos implantar na creche. O assunto inclusão está cada vez mais presente nas escolas e essa formação direciona as nossas ações com as crianças e as famílias”, comentou Greice.
Durante a formação, os pais dos alunos assumiram as salas de aulas e a cozinha, para que os professores pudessem participar do evento e as aulas não fossem suspensas.
“Gratidão, essa é a palavra que estou sentindo nesse momento. Grata por poder contribuir com esse momento na vida da minha filha. Que ela e os outros alunos percebam a importância de ter os pais presentes na escola e que os outros pais também tenham vontade de contribuir com as ações desenvolvidas na escola, porque tudo é em benefício dos nossos filhos”, disse Glaudiane Alves, que preparou o lanche para as crianças.
Texto – Érica Marinho / Semed
Fotos – Divulgação/ Semed
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