Em tempos de pandemia, a saúde nunca esteve tão em evidência. E, para os alunos da Escola Estadual (EE) Professora Rosa Cruz, no município de Benjamin Constant (a 1.121 quilômetros de Manaus), ela pode ser conquistada de maneira simples e natural: através do plantio. Com isso em mente, os estudantes do 5º ano da unidade elaboraram uma cartilha com plantas medicinais.
Trabalho é resultado de pesquisa financiada pelo Programa Ciência na Escola (PCE)
Ao todo, o grupo, liderado pela professora de Mediação Tecnológica, Simone Pinto, compilou 20 plantas. Ela, que é formada em Ciências Agrárias e mestra em Ciências e Meio Ambiente, acredita que o tema é de importância para todos.
O trabalho foi criado a partir do projeto “Quintais medicinais: um levantamento etnobotânico no município de Benjamin Constant” e é um dos resultados da pesquisa financiada pelo Programa Ciência na Escola (PCE), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam). A cartilha pode ser acessada no seguinte link: https://bit.ly/2WoLxkO.
A professora conta que, no estudo para a elaboração da cartilha, que durou cerca de seis meses, o grupo identificou pelo menos 65 espécies de plantas utilizadas pela população. Entre elas estão a alfavaca, usada para tratar gripes e resfriados; a amora, utilizada para combater inflamação na boca e garganta; e a arruda, aliada no enfrentamento à dor de cabeça e à rinite, para citar algumas.
“Ainda mais no momento por que estamos passando, com a pandemia da Covid-19, que afetou a todos. Sabemos que muitas pessoas utilizam ou utilizaram plantas medicinais de forma terapêutica, durante a pandemia”, completou Simone.
Cartilha – No documento, encontram-se os benefícios medicinais das seguintes plantas: alfavaca, amora, arruda, babosa, boldo, capim-santo, catinga-de-mulata, coirama, crajiru, elixir paregórico, erva-cidreira, gengibre, hortelã, jambu, malvarisco, mastruz, mucuracá, pião roxo, quebra-pedra e sara-tudo.
Com a cartilha disponível, agora Simone espera transformar a publicação em um trabalho de pesquisa. “Estamos trabalhando em um artigo para publicação posterior”, finalizou a professora.