Nos últimos três anos, foram registrados 1.333 novos casos de hanseníase no Amazonas, uma redução de sete por cento. Apesar da queda nos índices, a doença ainda preocupa. Daí vem a importância da Campanha Janeiro Roxo, com os objetivos de orientar e incentivar o diagnóstico precoce. Vale ressaltar que a hanseníase é infecciosa e contagiosa e causa manchas esbranquiçadas ou avermelhadas na pele.
A pele também pode ter alteração da sensibilidade e o paciente não sente (ou tem sensibilidade diminuída) calor, frio, dor e mesmo o toque. São comuns sensações de formigamento, fisgadas ou dormência nas extremidades (pés, mãos) e em algumas áreas pode haver diminuição do suor e de pelos.
“ Esse diagnóstico precisa ser feito o mais rápido possível e a doença pode ser descoberta com uma consulta médica. Nesse caso, as lesões na pele são analisadas com manchas e alterações neurológicas específicas (dormências e formigamentos). Isso sem dúvida ajuda no tratamento porque a doença tem cura. É importante lembrar que todas as pessoas ,as quais convivem ou conviveram com o paciente de hanseníase, devem ser examinadas”, explicou a Presidente da Comissão de Saúde e Previdência da Assembleia Legislativa do Amazonas (Alem), Dra. Mayara Pinheiro Reis (PP).
O tratamento da hanseníase é simples e leva de seis meses a um ano. Em qualquer estágio da doença, o paciente recebe gratuitamente os medicamentos para ingestão via oral.
Aqui no Amazonas, a Fundação Alfredo da Matta (Fuam) é referência no tratamento da doença no Amazonas,com a realização de exames na capital e no interior do Estado. Em 2019, nos mutirões de atendimento, a triagem identificou 85 casos novos em 18 municípios do Amazonas, nos quais foram feitos 3.036 atendimentos, entre exames e consultas dermatológicas.
Durante o Janeiro Roxo, a Fuam vai estar com portas abertas para exames dermatológicos.Nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) serão oferecidos testes de pele para os usuários. O exame pode ser feito sem encaminhamento.
Com informações do Governo do Amazonas e da Sociedade Brasileira de Hansenologia