O peso de um possível reajuste na tarifa de energia elétrica no bolso dos amazonenses anunciado pela Eletrobrás Amazonas Energia, mais uma vez, foi o tema central do pronunciamento dos deputados estaduais da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) na Sessão Plenária desta terça-feira (1).
O deputado estadual João Luiz (Republicanos) falou sobre o reflexo do possível aumento no orçamento dos amazonenses. “O aumento da energia elétrica vai onerar em muito o orçamento de trabalhadores informais que ainda estão se recuperando do baque econômico da pandemia. Existe uma consulta pública no site da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) disponível até dia 9 de outubro para ouvir os consumidores sobre o reajuste, por isso peço que a população manifeste seu posicionamento sobre esse reajuste que está na contramão da economia, até mesmo pelo serviço prestado, principalmente no interior do estado, com oscilação e falta de manutenção”, analisou.
Sinésio Campos (PT) também tratou sobre o reajuste da tarifa de energia elétrica. “Se aprovado esse reajuste, que passará a vigorar a partir de novembro deste ano, teremos a energia elétrica mais cara do país e algumas questões devem ser levadas em consideração sobre o serviço prestado, como as constantes interrupções tanto na capital quanto no interior, a falta de manutenção e as quedas de tensão e por isso entendo que não merecemos pagar esse reajuste”, afirmou.
Ainda sobre energia elétrica, Cabo Maciel (PL) criticou a cobrança indevida de energia elétrica mesmo com a falta de energia em Itacoatiara (a 176 km de Manaus). “Tenho andado muito nas comunidades de Itacoatiara e chegou ao meu conhecimento que chegam faturas do programa Luz para Todos no valor de R$ 3 mil, R$ 5 mil e R$ 7 mil reais. Não tem condições de pessoas que fazem farinha em forno convencional pagarem faturas nestes valores, o nome destas pessoas está indo para o serviço de proteção ao crédito. Faturas que custavam R$ 30 reais, estão custando R$ 3 mil, por isso estou apresentando requerimento à Eletrobrás pedindo esclarecimentos sobre essas faturas”, afirmou.
Hospital Delphina Aziz
Wilker Barreto (Podemos) criticou a subutilização do Hospital Delphina Aziz. “O governo do Amazonas deve um pedido de desculpas pela forma desastrosa, desumana e desleal com que conduz a saúde pública. O Hospital Delphina Aziz hoje custa R$ 30 milhões para funcionar de forma precária e subutilizada e o povo pagou pelos leitos não utilizados pela Organização Social (OS)”, lamentou.
Desrespeito com consumidores
Álvaro Campelo (Progressistas) relatou denúncias de clientes do Banco Bradesco no municípios de Itacoatiara (a 176 km de Manaus) onde falta dinheiro para saque e a cidade não possui um órgão municipal de defesa do consumidor. “O Banco Bradesco que fatura bilhões todos os anos não tem o mínimo de respeito pelos clientes e isso é ainda mais grave quando um gestor municipal que teria condições de ter um Procon municipal abre mão disso, porque ano passado eu estive com vereadores de Itacoatiara e propusemos que ele aprovasse a indicação do vereador Bosco Rodrigues de criação do Procon municipal, que à época teria a estrutura oferecida pelo Governo do Estado e a prefeitura só teria de disponibilizar três servidores, mas nunca mais deu uma resposta sobre o assunto”, afirmou Álvaro. No Grande Expediente, o parlamentar se disse preocupado com a insegurança pública que avançam no Amazonas.
Felipe Souza (Patriota) solicitou da Mesa Diretora a efetivação do reajuste retroativo dos servidores da Assembleia que ainda não foi efetivado, mesmo já tendo sido aprovado em plenário em agosto passado.
Em Comunicado de Liderança, Alessandra Campêlo (MDB) repercutiu que mais uma mulher foi brutalmente assassinada pelo seu companheiro na madrugada deste último domingo (30), com apenas 32 anos, a merendeira Jacira Souza de Lima, assassinada na frente dos filhos. “Ela já era vítima de agressão há muito tempo, mas não denunciava por medo de morrer porque era constantemente ameaçada. Infelizmente todas as semanas venho aqui falar de mulheres assassinadas, mas já estou acompanhando o desfecho deste caso junto à Delegacia Civil”, afirmou.
Atas de reunião aprovadas
Na Ordem do Dia foram aprovadas ainda as atas de nº 71, 72 e 73 desta ano de 2020 e as atas 1159 e 115 de 2019 que foram corrigidas
Diretoria de Comunicação da Aleam
Texto: Fernanda Barroso
Foto: Danilo Mello