Nesta quinta-feira (13/08), a Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca) completou um ano de funcionamento em sua nova sede, localizada no conjunto Morada do Sol, Aleixo, zona centro-sul de Manaus. Com a mudança proporcionada pelo Governo do Amazonas em 2019, o trabalho de proteção às crianças e aos adolescentes vítimas de crimes como estupro, exploração sexual, pedofilia e outras violações, ganhou mais eficácia.
Neste primeiro ano de funcionamento, houve um aumento nos números de denúncias e prisões. Entre agosto de 2019 e agosto de 2020, a Depca registrou mais de 3.500 ocorrências, realizou 46 operações policiais, 166 prisões, finalizou e enviou à Justiça mais de 600 inquéritos policiais. Entre as principais ocorrências atendidas estão a de abuso sexual e de agressões físicas e psicológicas contra crianças e adolescentes.
“São números muito grandes e isso não quer dizer que a violência está aumentando agora. Isso quer dizer que existiam notícias reprimidas, casos de subnotificação que não tinham sido notificados, então, a gente trabalha com essa demanda, principalmente dos crimes sexuais cometidos contra a criança e o adolescente e também, outros tipos de violações de direitos”, explica a delegada-titular da unidade, Joyce Coelho.
A rede de proteção como um todo, em conjunto com o Governo do Estado, vem avançando muito na garantia do direito da criança e do adolescente no Amazonas. Essa segurança só é possível graças a um trabalho multidisciplinar realizado na delegacia especializada, que conta com polícia judiciária, delegacia de proteção e apoio psicossocial, tudo realizado em conjunto por profissionais da Polícia Civil do Amazonas, da Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas) e da Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc).
De acordo com a delegada Joyce Coelho, para o trabalho continuar surtindo efeito é necessária também a colaboração da população na realização de denúncias que podem ser feitas pelo disque 100 ou pelo disque 181. “Os crimes cometidos contra a criança e o adolescente são de ação pública incondicionada, então, qualquer pessoa que verifique qualquer coisa estranha em relação à criança e ao adolescente pode denunciar, não precisa se identificar. O importante é que a denúncia seja feita e a criança seja salva desse perigo”, afirma.
Balanço – Ao completar um ano na nova dependência, o balanço feito pela delegada Joyce Coelho é de que a atual estrutura da delegacia tem sido fundamental para o bom desempenho das ações de policiais e outros servidores que trabalham pela garantia dos direitos dos jovens amazonenses.
“A avaliação é super positiva. É inegável o avanço que a gente teve em termos de estrutura. A rede de proteção conseguiu sensibilizar o Estado e o governador (Wilson Lima) cedeu o que de melhor ele tinha, que é esse prédio novo, recém-construído, para que as crianças pudessem ser atendidas prioritariamente”, ressalta.