Iniciativa promove interação entre adolescentes que cumprem medidas socioeducativas e mulheres que vivem nas proximidades da unidade
A Unidade de Internação Feminina (UIF), gerida pela Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), está com dois cursos profissionalizantes voltados tanto para adolescentes que cumprem medidas socioeducativas quanto para o público feminino que vive nas proximidades do prédio, localizado no bairro Alvorada, zona centro-oeste. A ação traz benefícios como a ressocialização e quebra de preconceitos dentro do sistema socioeducativo.
Atualmente, a unidade está com capacitações nas áreas de informática e depilação. O curso de depilação, aplicado pelo Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam), tem a duração de 150 horas. Quinze alunas estão aprendendo sobre segurança higiênica, empreendedorismo, organização do espaço de trabalho, além dos procedimentos de depilação feminina e masculina completa. As aulas tiveram início no dia 2 de setembro e terão encerramento em 11 de novembro, quando as alunas sairão com certificado do Cetam e aptas a trabalharem em salões e clínicas.
Enquanto isso, o curso de informática tem a totalidade de 80 horas. A capacitação teve início no dia 10 de agosto e se encerra no dia 24 de setembro. Onze alunas estão participando, sendo nove da comunidade, uma adolescente que está em semiliberdade e uma da internação. As aulas são voltadas para o ensino de pacote Office e internet. A formação também é realizada pelo Cetam.
O secretário titular da Sejusc, William Abreu, explica que um dos pilares da socioeducação é preparar as internas para a vida fora do centro por meio de atividades que incentivem o empreendedorismo. Além disso, segundo o gestor da Sejusc, é importante que ocorram cursos nas unidades socioeducativas para que preconceitos com os espaços sejam combatidos, mostrando para a sociedade como um todo que os centros são ambientes de mudanças de vidas.
A diretora da UIF, Keila Campos, destaca que os cursos têm um grande papel de ressocialização das meninas com a sociedade. “É importante a comunidade aqui dentro da unidade porque já começa o trabalho de ressocialização das adolescentes. Quando trazemos a comunidade, as meninas começam a ter um contato diferente com o mundo em que elas viviam antigamente”.
Sistema socioeducativo – A Sejusc tem como responsabilidade coordenar os trabalhos nos Centros Socioeducativos Senador Raimundo Parente, Dagmar Feitosa, Semiliberdade Masculino, Unidade de Internação Feminina e Unidade de Internação Provisória Masculina e Feminina.
Além da educação regular, os espaços trazem ações extracurriculares como rodas de conversa, acompanhamento psicológico, aconselhamento individual, oficinas terapêuticas, palestras, cursos profissionalizantes e atividades esportivas.