A capacidade de resiliência e de superação de desafios do modelo Zona Franca de Manaus (ZFM) e os avanços obtidos na geração de empregos e na preservação de investimentos ao longo deste ano foram ressaltados durante a 295ª reunião ordinária do Conselho de Administração da Suframa (CAS), realizada nesta quinta-feira (3), no auditório da Autarquia. A reunião, última do calendário deste ano, ocorreu de forma presencial pela primeira vez desde fevereiro, em virtude dos cuidados relacionados à pandemia da Covid-19.
A pauta teve como principal destaque a aprovação de todos os 14 projetos industriais e de serviços, que somam investimentos totais de aproximadamente R$ 2 bilhões e preveem a geração de 1.012 postos de trabalho. Com os resultados desta reunião, o CAS encerra 2020 com o balanço de 146 projetos aprovados, os quais estimam investimentos de aproximadamente R$ 6 bilhões e a geração de cerca de oito mil empregos em até três anos. “Apesar de todos os desafios gerados pela pandemia, tivemos a aprovação de dois projetos a mais do que no ano passado”, comemorou o superintendente da Suframa, Algacir Polsin.
Presidido pelo secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos Da Costa, o evento contou com a presença dos governadores do Amazonas, Wilson Lima; de Roraima, Antonio Denarium; e de Rondônia, Marcos Rocha; bem como do prefeito de Manaus, Arthur Neto; dos deputados federais Capitão Alberto Neto e José Ricardo; da superintendente da Sudam, Louise Caroline Campos Löw; do chefe da Assessoria de Temas Institucionais do Conselho Nacional da Amazônia Legal, coronel Carlos Robero Sucha, e do representante da Finep no norte do País, Rodrigo de Lima, entre outros.
Programação
O superintendente da Suframa, Algacir Polsin, destacou, inicialmente, a satisfação pela retomada das reuniões presenciais do CAS, o que permitiu a realização de uma intensa programação de três dias de atividades com os conselheiros, para que eles pudessem conhecer de forma mais profunda a realidade da região – não apenas a força do Polo Industrial de Manaus (PIM), mas também as potencialidades em áreas como empreendedorismo, inovação, bioeconomia, agronegócios e turismo, entre outras. “Tivemos a oportunidade de mostrar o chão de fábrica e um pouco da realidade da Amazônia para os conselheiros, para que assim eles possam tomar decisões mais seguras e com melhor entendimento das características da nossa região”, afirmou Polsin.
Em seu pronunciamento, ele também destacou resultados positivos do trabalho desempenhado pela Suframa neste ano, em especial os avanços na revitalização do Distrito Industrial, em parceria com a Prefeitura de Manaus, e as sinergias criadas com importantes atores regionais, como Sudam, Conselho da Amazônia, Basa, Finep, prefeituras, governos estaduais e entidades de classe, entre outros, que possibilitarão continuar atuando pela diversificação dos vetores econômicos e pela maior irradiação de riquezas para toda a Amazônia.
Sobre as expectativas para o próximo ano, o superintendente ressaltou diversas temáticas e frentes de trabalho, como a transformação do Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) em uma entidade que promova o bionegócio e contribua para a implantação de cadeias produtivas adequadas à realidade da região; regularização fundiária do Distrito Agropecuário da Suframa (DAS) e na área de expansão do Distrito Industrial de Manaus; modernização dos sistemas de Tecnologia da Informação, o que disponibilizará melhores serviços aos usuários da Suframa; apoio ao PIM para evolução em ações de economia circular e da indústria Indústria 4.0; atualizações em normativas relevantes do modelo ZFM, como a Resolução CAS nº 204/2019, de forma a desburocratizar e aprimorar ainda mais o ambiente de negócios da região; e a implementação de projetos institucionais, como o “Suframa de Portas Abertas” e o “Museu da Suframa”.
Nova Amazônia Verde
O secretário Carlos Da Costa destacou a manutenção na regularidade da realização das reuniões do Conselho neste ano e do ritmo de aprovação de investimentos e de geração de empregos, mesmo com as dificuldades impostas pela pandemia da Covid-19, e ressaltou, também, o comprometimento do governo federal, ao longo dos últimos dois anos, de reduzir custos e dificuldades para operar e investir na região, o que colaborou para que a Zona Franca de Manaus fechasse 2020 mais uma vez em ritmo de crescimento e distante do cenário de perda de empregos, produção e número de empresas visto em períodos anteriores.
Outro fato positivo mencionado pelo secretário foi a redução em mais de 30% do volume de renúncias fiscais por trabalhador nos projetos aprovados recentemente pelo CAS, mantendo, assim, a orientação do governo federal de dedicar e priorizar recursos para projetos industriais e de serviços que gerem cada vez mais empregos na região.
Nessa ótica, Costa mencionou a intenção do governo federal de desenvolver uma realidade de “Nova Amazônia Verde”, com aproveitamento progressivo das expertises e vocações produtivas regionais – que incluem a “maior potência em biodiversidade do mundo” –, bem como a ênfase especial que equipes técnicas do Ministério da Economia buscarão dar visando à redução do Custo Amazônia. “Temos que olhar para o que já foi feito, mas também olhar para a frente e ganhar ritmo no que se tem a fazer. Tivemos dois anos de crescimento, mas que esses resultados possam ser ampliados e que sejam muitas décadas de prosperidade pela frente na região, com emprego, renda, saúde e felicidade para todos”, afirmou o secretário.
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