A cooperação Ciama/Sepror marca, ainda em 2020, a decisão do governador Wilson Lima de reforçar o desenvolvimento do setor produtivo do Estado, por meio do programa Agro Amazonas, lançado no último dia 14 de dezembro.
Na tarde desta terça-feira (22/12), o diretor da Companhia de Desenvolvimento do Amazonas (Ciama), Aluizio Barbosa, e o Secretário de Estado de Produção Rural, Petrucio Magalhaes, assinaram um Termo de Cooperação Técnica que irá promover um curso inédito voltado para a capacitação de funcionários na gestão das cadeias produtivas vegetal e animal do Amazonas, bem como na captação de recursos disponíveis em instituições financeiras.
Para o Secretário Petrúcio Magalhães, o ato foi singelo, mas de extrema importância para o Estado. “Trata-se de uma proposta única nesses últimos anos, que vai reciclar um grupo de servidores e esse grupo se tornará gestor dessas cadeias. Vamos também motivar aqueles que entraram agora, concursados do Idam e da Adaf, cheios de gás e com muita vontade de inovar”, comentou o secretário, acrescentando que o curso conta com uma proposta pedagógica dinâmica, com a realização de workshops e seminários. “Não será só o professor falando, os alunos contarão com atividades que vão estimular a criatividade, inovação, visão sistêmica e de negócios”, adiantou.
A assinatura do termo foi realizada no gabinete do secretário de produção rural e contou com a presença de representantes do sistema Sepror, formado pelo Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal do Estado do Amazonas (Idam), Agência de Desenvolvimento Sustentável (ADS) e Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf). A breve solenidade também contou com a presença do presidente do Centro de Educação Tecnológica do Amazonas (Cetam), que certificará os servidores participantes.
O curso – Pela primeira vez, uma turma de trinta funcionários (5 da Ciama e 25 da Sepror) serão capacitados na gestão de algumas das principais cadeias produtivas do Estado. Na área animal, o gado bovino de corte, o bovino de leite, o pirarucu e o tambaqui. E na área vegetal, o açaí, a castanha-do-Brasil, o cupuaçu, o abacaxi e a mandiocultura. Ao longo de 2021, os técnicos terão 152 horas/aula (96 teóricas e 56 práticas), a fim de poderem entender a abrangência dessas cadeias produtivas, que são as mais buscadas por investidores e envolvem desde o plantio até a comercialização de produtos. As aulas serão ministradas duas vezes ao mês, nos dias de quinta e sexta, nos horários de 08h às 12h e de 13h às 17h.
Segundo o diretor-presidente da Ciama, Aluizio Barbosa, a formalização da parceria marca o início de uma série de ações efetivas em prol dos servidores públicos do setor produtivo do Estado e uma intensificação no planejamento de ações conjuntas.
Conteúdo – Cadeias produtivas, legislação, organizações financeiras, elaboração de projetos, inovação, intercâmbio e apresentação de projetos elaborados.
Investimento – R$ 189.880 mil da Sepror e R$ 100 mil da Ciama para a realização do curso.
O presidente do Cetam, José Augusto de Melo Neto, também anunciou que o Centro de Educação Tecnológica pretende financiar o estudo que vai identificar as necessidades de capacitação de todo o setor primário, em todos os municípios do interior. “Esperamos ter esses dados levantados ainda no primeiro semestre de 2021”, comentou.
Indústria de alimentos – Barbosa aproveitou para anunciar que a Companhia de Desenvolvimento já está se articulando, junto com a Sepror, para a elaboração do projeto de uma indústria capaz de aproveitar e transformar todo alimento natural em produtos alimentícios de qualidade e com validade mais estendida. “Queremos evitar o desperdício e aproveitar a totalidade dos produtos in natura disponíveis no Estado, de modo que o sistema Sepror pode contar com a Ciama para todas essas iniciativas”, concluiu o diretor-presidente.