As alternativas para fortalecer as cadeias produtivas com utilização da pesquisa e inovação nos arranjos locais, e a definição de preços de produtos da biodiversidade foram alguns dos temas que movimentaram os debates no segundo dia do 1º Seminário de Biotecnologia do Amazonas, durante a programação da 42ª Feira de Exposição Agropecuária Digital (Expoagro).
O evento, em formato totalmente on-line, está sendo transmitido pelo canal da Sedecti no Youtube @sedectiamazonas e, também pelo canal da TV Encontro das Águas, na mesma plataforma. O conteúdo do seminário fica disponibilizado nessas plataformas à disposição dos interessados.
Organizado pela secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti), o Seminário vem reunindo pesquisadores, técnicos e empreendedores em torno do propostas para o desenvolvimento da bioeconomia no Amazonas, com a mediação da secretária executiva de Ciência e Tecnologia da Sedecti Tatiana Schor.
Nesta terça-feira, dia 29, foram realizados dois painéis. O primeiro, “Construindo Novas Relações na Bioeconomia Amazônica – O Manejo do Pirarucu e a Avicultura no Amazonas”, contou com a participação do pesquisador João paulo Ferreira Rufino, Adevaldo Dias, do Memorial Chico Mendes/Associação dos Produtores Rurais de Carauari, Luis Paulo de Oliveira Silva, coordenador das Rotas de Economia Circular do Ministério de Desenvolvimento Regional e Meib Seixas Idam/Sepror.
Os entraves na área de infraestrutura, comprometendo a comunicação e a logística de produção foram apontados por Adevaldo Dias como uma questão prioritária a ser superada. Acompanhando o manejo de pirarucu dos produtores do interior ele lembrou que, apesar de ser um projeto de sucesso reconhecido, por preservar os estoques, remunerar os pescadores, o programa de manejo ainda tem muitos desafios a serem vencidos. ¨É preciso garantir sustentabilidade e dignidade a essas pessoas”, afirmou.
Tatiana Schor destacou que recursos no valor de R$ 2,2 milhões foram liberados pelo Governo Federal para o projeto Parque Científico e Tecnológico do Alto Solimões, que deve contribuir para a criação de novos negócios, voltados, principalmente, para a geração de valor, a partir do uso sustentável da biodiversidade da região.
À tarde, às 15h, foi realizado o painel 3: “Como são definidos os preços dos produtos da sociobiodiversidade amazônica”, com a participação de Luiza Gomes de Moura da Conab-Am, Fabiano Silva da Fundação Vitória Amazônica, Ana Cláudia Torres Gonçalves do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá e Bruno Simões da Indústria de Polpas de Frutas da Amazônia de Benjamin Constant.