O número de armas de fogo ilegais apreendidas pelas polícias cresceu 13,13% em 2019. Ao todo, foram retiradas das mãos de criminosos 2.396 armas de fogo, o maior número desde 2016, quando foram apreendidas 2.330 armas. Os dados são do setor de balística do Instituto de Criminalística (IC). Unidade especializada da Polícia Militar, as Rondas Ostensivas Cândido Mariano (Rocam) foram as campeãs de apreensões.
“Em 2019, a Rocam apreendeu 601 armas de fogo, retiradas das mãos dos infratores, o que impacta nos índices de criminalidade relacionados a roubo, extorsão, sequestro, sem contar com o crime de tráfico de drogas, que é um crime que sempre está associado ao porte ilegal de arma de fogo”, enfatizou o subcomandante da Rocam, capitão Kaio Rodrigo.
Dentre as armas mais apreendidas estão revólveres (34,97%), pistolas (21,12%) e espingardas (12,6%). Além desse armamento, foram apreendidos também fuzis e rifles, armas que são empregadas pelo tráfico de drogas, geralmente, para a escolta das drogas, como explica o delegado Paulo Mavignier, diretor do Departamento de Investigação sobre Narcóticos (Denarc), da Polícia Civil.
“Esse armamento vem aparecendo por conta das escoltas em carregamento de drogas que vêm da tríplice fronteira, seja de Letícia, Tabatinga e Santa Rosa, no Peru, ou na região do rio Japurá ou rio Içá. Antigamente, essas armas eram usadas em escoltas de droga e voltavam para sua origem, hoje são negociadas com a própria droga”, explica.
Bonificação – Sancionada no final de 2019 pelo governador Wilson Lima, a Lei n° 5.044 prevê premiação para policiais que apreenderam armas de fogo em serviço. A medida é enaltecida pelo comandante Kaio Rodrigo, que acredita em um aumento da produtividade da polícia com a nova lei.
“Essa lei vem para bonificar e reconhecer o trabalho do policial militar, que cada vez mais se empenha nas ruas para reduzir a criminalidade. Ao retirar armas de fogo, os índices, consequentemente, irão cair. O espírito da lei é que o policial seja recompensado pelo seu esforço”, finaliza.