O estado do Amazonas, a partir dos municípios de Apuí, Boca do Acre, Canutama, Humaitá, Lábrea, Manicoré, Novo Aripuanã, Pauini, Guajará, Envira, Eirunepé, Ipixuna, Itamarati e parte de Tapauá, que fazem parte do Bloco I, em cumprimento ao Plano Estratégico 2017-2026, do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PE-Pnefa), recebeu a permissão do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), para o trânsito de bovinos e bubalinos para os estados do Rio Grande do Sul e Paraná.
De acordo com a Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf), o Mapa autorizou o trânsito dos bovídeos nesta última quarta-feira (03/05), via ofício de nº 121/2020, considerando que os estados e as regiões do Bloco I, composto pelo Acre, Rondônia, Mato Grosso e os 13 municípios do Amazonas, estão em fase de transição, cumprindo os requisitos necessários para o pleito de zonas livres de febre aftosa sem vacinação junto ao Mapa e à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE, na sigla em inglês).
Conquista econômica e sanitária – Para o diretor-presidente da Adaf, Alexandre Araújo, a autorização do trânsito é uma conquista econômica e sanitária oportuna nesse momento da pandemia, em que o estado precisa reativar a economia, principalmente a economia rural, beneficiando o Amazonas e os produtores rurais dos 13 municípios das regiões do sul e sudoeste do Amazonas.
“Nesse momento de enfrentamento da pandemia de Covid-19, é muito importante a retomada das atividades econômicas. Portanto, essa autorização do Mapa dá uma grande oportunidade para que os nossos produtores dos 13 municípios que compõem o Bloco I possam, a partir de agora, comercializar animais, produtos e subprodutos com os estados do Rio Grande do Sul e Paraná, bem como a possibilidade de importar principalmente animais vivos de alta genética, visando a melhoria do padrão genético do nosso rebanho para a melhoria da produtividade e a valorização da agropecuária regional”, destacou o diretor-presidente da Adaf, Alexandre Araújo.
Atualmente, o Amazonas é reconhecido internacionalmente como área livre de febre aftosa com vacinação. No Brasil, somente Santa Catarina é considerada livre de febre aftosa sem vacinação.
Status livre de febre aftosa sem vacinação – O Amazonas, através dos 13 municípios pertencentes às regiões do sul e sudoeste do estado, busca o status de livre de febre aftosa sem vacinação. O pleito será encaminhado pelo Mapa à OIE em agosto deste ano. Na semana passada, a Adaf finalizou o estudo soroepidemiológico no rebanho de bovinos e bubalinos dos municípios do Bloco I para avaliar, por meio de técnicas sorológicas, a inexistência da circulação viral da doença no Amazonas.
As amostras de sangue foram encaminhadas ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA), do Mapa em Belém (PA), para as devidas análises.
Os estados do Paraná e Rio Grande do Sul respectivamente pleiteiam o reconhecimento nacional e internacional de área livre de febre aftosa sem vacinação, juntamente com os estados que compõem o Bloco I.