As 123 escolas do Ensino Médio de Manaus, que voltaram às aulas presenciais há uma semana, iniciaram, nesta segunda-feira (17/08), a aplicação da Avaliação de Verificação da Aprendizagem do Amazonas (Avam). Os testes visam medir o aprendizado dos estudantes durante o regime especial de aulas não presenciais e, a partir do diagnóstico, traçar estratégias de recuperação de aprendizagem dos alunos.
A coordenadora de avaliação da Secretaria de Estado de Educação e Desporto, Jane Bete Nunes, diz que os resultados darão um parâmetro real do que precisa ser ajustado para que o ensino seja equiparado.
“Sabemos que a recuperação de aprendizagem não acontece a toque de caixa, então ela vai se prolongar por 2021, e precisamos, sim, de dados específicos para ter estratégias precisas e eficazes para esta recuperação. É a primeira vez que temos esse modelo remoto, o Amazonas saiu na frente e temos que ter essa medida. Essa avaliação vem para termos essa medida, ver o impacto na aprendizagem dos alunos e o que ficou de lacuna. A nossa expectativa é contribuir para essa recuperação de aprendizagem com essa avaliação”, afirma.
Cerca de 107 mil alunos do Ensino Médio vão fazer a Avam. Eles vão responder à avaliação no dias que estiverem em aulas presenciais, nestas segunda (17/08) e terça-feira (18/08). Na Escola Estadual (EE) Ruy Araújo, na zona sul de Manaus, os estudantes receberam as orientações dos professores assim que chegaram na escola para, em seguida, começarem a Avaliação de Verificação, que não vale ponto e nem terá influência nas notas dos alunos.
A estudante Emanoelle Silva, que está na 2ª série, conta que se dedicou às aulas durante o período de suspensão das atividades presenciais e, agora, acredita que não se sairá mal na avaliação. “Espero que meu desempenho seja bom, porque estou empenhada, estou estudando em casa com as aulas on-line e aqui, nas presenciais. Acho que a avaliação é importante para a gente”, observa.
O presidente do Grêmio Estudantil da escola, Carlos Moraes, conta que ele e os colegas tiveram acompanhamento dos professores e das plataformas digitais enquanto estavam com aulas não presenciais. Mesmo assim, ele acredita que muitos colegas não tiveram acesso aos conteúdos e, por isso, a Avam é importante.
“Espero que a Avam possa demonstrar a qualidade do ensino que nós tivemos no período da quarentena, com o ‘Aula em Casa’, que ela possa avaliar o nível de aprendizagem dos alunos e montar o currículo para nos guiar, daqui para frente, no novo normal ao qual estamos nos adaptando. Muitos colegas não têm acesso à Internet e a noção de importância da educação e do ensino acadêmico na vida de um jovem”, conclui o estudante.
FOTOS: Arthur Castro/Secom