O novo ataque do Ministro da Economia, Paulo Guedes, à Zona Franca de Manaus (ZFM) deixou o presidente da Comissão de Indústria, Comércio e Zona Franca da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado estadual Wilker Barreto (Podemos), indignado. A crítica ocorreu em uma palestra realizada na última quinta-feira (06), em Fortaleza-CE, para empresários e políticos, onde chamou o modelo de “antieconômico e tudo mal feito”.
Alertado por empresários do Polo Industrial, Wilker gravou um vídeo, na sexta-feira (5), lembrando que em abril o ministro esteve reunido com a bancada do Amazonas, onde se retratou de comentários que deixaram empresários inseguros de investir na região. “O ministro Paulo Guedes se comporta como irresponsável e falta com respeito com o Brasil e com a Amazônia. Ele veio aqui em solo amazonense para assumir um compromisso com o nosso modelo. Ele precisa deixar de ser cínico. Isso não é um comportamento de um ministro de Estado. Não precisamos passar por um terrorismo empresarial com o nosso modelo”, declarou Barreto.
O parlamentar se prontificou em encabeçar a Moção de Repúdio que será assinada pelos 24 deputados da Aleam e enviada para o Ministério da Fazenda. “Nesse momento de crise internacional e com o mundo olhando com cobiça para a Amazônia, ele precisa ter respeito. Ele deveria ter coragem, porque quando esteve aqui no Amazonas não criticou o Modelo para todos os amazonenses. É triste. O Paulo Guedes se comporta como assessor e consultor de interesses que não são das empresas que geram empregos na Amazônia e protegem o nosso verde. Farei uma Moção de Repúdio. Não vamos ficar calados”, criticou Wilker, que recentemente assumiu o Podemos Verde, em Brasília, cujo o objetivo é a preservação da Amazônia.
Crise do imposto
Desde que assumiu a pasta, Paulo Guedes tem se mostrado um opositor da Zona Franca de Manaus. No mês de abril, em entrevista à Central Globo News, da emissora de TV por assinatura, o ministro declarou que não pretende “mexer” com a Zona Franca de Manaus (ZFM), por se tratar de um modelo constitucional, mas poderia privilegiar outros estados zerando impostos.
Uma nova ameaça é a criação do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), prevista na nova reforma tributária. O novo imposto poderá tirar a competitividade do modelo, uma vez que com o IVA inúmeros impostos seriam eliminados, entre eles o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que garante as vantagens da ZFM.
Texto: Assessoria do Deputado
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