O combate ao crime organizado, especialmente o tráfico de drogas e milícia, ganhou um reforço importante no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), com a criação da 1ª Vara Criminal Especializada da Capital. Serão três juízes dedicados unicamente a julgar casos que envolvam organizações criminosas, ajudando assim a desafogar as demais varas do estado.
A instalação foi nesta quinta-feira (12) e contou com as presenças do governador do estado, Wilson Witzel, do presidente do TJ, Claudio de Mello Tavares, e do procurador-geral do Estado, José Eduardo Gussem.
A vara cuidará de novos processos envolvendo atividades de organizações criminosas, como lavagem de dinheiro, corrupção e ocultação de bens e valores. Tavares disse que a criação da nova vara foi necessária para que o Judiciário possa dar uma resposta mais rápida no combate ao crime organizado.
“Atualmente, já se chegou à conclusão de que o mero enfrentamento ostensivo, embora desestimule certas práticas delituosas, não basta para alcançar a resposta efetiva”, disse o presidente do TJ.
Além de um juiz titular e dois auxiliares, o Ministério Público (MP) destacou dois promotores para atuarem exclusivamente na nova vara. Nos casos mais graves, as sentenças poderão ser assinadas pelos três juízes, diluindo a pressão, nos moldes do sistema Juízes sem Rosto, adotado na Itália, em crimes contra a máfia.
Edição: Denise Griesinger