Daqui a oito dias começam as semifinais da Taça Libertadores 2019, mas já é certo que a final colocará frente a frente brasileiros e argentinos na disputa do título, em jogo único, dia 23 de novembro, na cidade de Santiago, no Chile. Antes mesmo de Boca Juniors, River Plate, Flamengo e Grêmio lutarem dentro do gramado por uma vaga na grande final, os treinadores Vanderley Luxemburgo (Vasco) e Tiago Nunes (Athletico-PR) trouxeram à tona o debate sobre a eficiência e os métodos de cada escola futebolística.
“É o time mais argentino do Brasil”, sentenciou o treinador vascaíno sobre o atual campeão da Copa do Brasil, durante coletiva realizada logo após o empate em 1 x 1 do Cruzmaltino com os athleticanos, dentro de São Januário, pela última rodada do Campeonato Brasileiro. “Eles sabem tomar o tempo, jogadores caindo toda a hora, morosidade no atendimento. Mas não quero tirar o mérito deles, um time capacitado e um grande treinador começando a sua carreira”, explicou Luxemburgo.
Fã do “professor Luxa”, o treinador Tiago Nunes respondeu com elegância a provocação, mas admitiu que em termos de competitividade os clubes argentinos estão à frente dos brasileiros. “Comparar com outras escolas é complicado, porque são contextos diferentes. Mas eu ainda acho que a gente é pouco competitivo comparando com o futebol do River e do Boca”, avaliou o técnico do Furacão, que também liderou o time na conquista da última Copa Sul-Americana.
A Libertadores da América já teve 14 finais com times do Brasil e da Argentina. E, por enquanto, os hermanos levam larga vantagem com nove campeonatos contra cinco dos brasileiros. Mas, na última vez que se enfrentaram, em 2017, quem faturou a taça Liberadores foi o Grêmio,ao vencer o Lanús.
Edição: Cláudia Soares Rodrigues