10/09/19 11h17
FAPESPA ciência e a tecnologia foram fundamentais para a agropecuária brasileira quadruplicar sua produtividade nos últimos 40 anos – no mesmo período o uso da terra para esse fim aumentou apenas duas vezes. Para cumprir a expectativa de produzir 40% de todo o alimento do mundo até 2050, sem aumentar a área ocupada, porém, será preciso agregar novas tecnologias. E o caminho para isso já está sendo trilhado.
A conclusão é de participantes do sexto episódio do programa Ciência Aberta de 2019, lançado nesta terça-feira (10/9) com o tema “O Rural na Era Digital”. Participaram do debate Claudia Maria Bauzer Medeiros, professora do Instituto de Computação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e membro da coordenação do Programa FAPESP de eScience e Data Science; Leonardo Afonso Angeli Menegatti, engenheiro agrônomo, pesquisador e CEO da InCeres – sistemas para agricultura de precisão; e Silvia Maria Fonseca Silveira Massruhá, pesquisadora e chefe-geral da Embrapa Informática Agropecuária.
“As startups estão vindo para a área do agro para fazer inovação no campo porque institutos federais como a Embrapa, órgãos estaduais e universidades precisam dessa parceria para ganhar agilidade”, disse Massruhá.
A pesquisadora citou dados de um estudo lançado no dia 30 de agosto, pela Embrapa e outras instituições, segundo o qual existem hoje no país 1.125 startups voltadas para a agropecuária.
“Até pouco tempo, havia cerca de 500 dessas empresas. Elas vão ajudar a mostrar para o mundo que o Brasil pode continuar a ser uma referência na agricultura sustentável nos próximos anos”, disse a pesquisadora.