Ação faz parte da Operação Acolhida e foi realizada durante toda a manhã desta segunda-feira (23/9)
Por toda a manhã desta segunda-feira (23/09), a Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Seped), em parceria com outras instituições e com o Exército Brasileiro, recebeu migrantes venezuelanos para oferecer serviços humanitários. A ação faz parte da Operação Acolhida.
Os venezuelanos, com deficiência ou não, chegaram à Seped e foram atendidos em guichês exclusivos, dispostos para o dia da ação. Do setor de atendimento, eram indicados para onde se dirigiam, conforme solicitação. Dentre os serviços oferecidos, estavam os de cadastros na Seped e na Secretaria de Estado de Trabalho (Setrab), além de atendimentos médico e odontológico.
Alojado em um dos abrigos monitorados pelo Exército, localizado no Coroado, zona leste de Manaus, o venezuelano Pablo Volívar, de 23 anos, veio para a Seped com o intuito de fazer o cadastro na Setrab, e aproveitou para fazer os demais atendimentos.
“Quero muito um emprego aqui e vou continuar tentando. O atendimento aqui foi muito bom”, disse Pablo.
Ainda durante a ação desta segunda, cada venezuelano teve o direito de escolher algumas dentre as peças de roupa que foram arrecadadas desde a segunda quinzena de agosto, durante a campanha “Varal Solidário”.
“Não há dados concretos sobre o quantitativo de pessoas que vivem em situação de rua. Soma-se a isto a entrada dos venezuelanos. Não podemos ficar inertes diante da situação, precisamos ir atingindo, mesmo que aos poucos, estas pessoas, e dar essa atenção”, disse a titular da Seped, Viviane Lima, destacando o movimento solidário dos profissionais da área da saúde que se propuseram a participar da ação coordenada pela secretaria.
O médico Mayk Lúcio Freitas foi uma das pessoas que tirou algumas horas para dedicar seu trabalho em prol da Operação Acolhida realizada na Seped. Oriundo de uma família humilde da zona rural do estado, ele contou que escolheu a Medicina justamente com o intuito de ajudar ao próximo.
“Já faço e participo de algumas ações voluntárias há alguns anos. Eu gosto de ser solidário, de fazer o bem”, frisou o médico.
Diferente de Mayk, a cirurgiã-dentista Isabella Cabrini atua como voluntária pela primeira vez. Ciente da importância da sua profissão no trato à saúde, ela destaca a empatia como a chave propulsora para a ação.
“Muitas doenças começam pela boca, e ainda tem a questão da autoestima. Entendemos a situação em que eles vivem e sabemos que, por mais que seja visto como mínimo o que estamos oferecendo, todos precisam da atenção básica, e é isso que estamos doando aqui”, disse Isabella.