Semed, DPE-AM e Esbam realizam reunião para tratar sobre a criação do projeto-piloto ‘Mediadores de Referência’
A Secretaria Municipal de Educação (Semed), em parceria com Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM) e Escola Superior Batista do Amazonas (Esbam) realizam reunião para falar sobre a criação de projeto-piloto ‘Mediadores de Referência’. O objetivo da ação é trabalhar com participação da família na mediação de alunos com autismo, atendidos pela rede municipal de ensino.
A discussão sobre a iniciativa foi realizada na manhã desta quinta-feira, 5/11, com representantes dos órgãos envolvidos na parceria, na sede da Defensoria, no bairro Aleixo, Zona Centro-Sul de Manaus.
O projeto prevê a indicação de possíveis mediadores entre familiares e pessoas do convívio de autistas matriculados na rede municipal de ensino. “Daí o nome ‘Mediadores de referência’, uma vez que se trata de pessoas que são referência para o autista, com quem haja um vínculo familiar ou afetivo”, explicou a defensora pública Flávia Lopes, coordenadora de projetos especiais da Defensoria e coordenadora do projeto Nosso Coração é Azul.
Os mediadores indicados passarão por capacitação, onde já é oferecido um curso de aperfeiçoamento em Educação Especial.
Hoje quem faz o trabalho de mediação nas salas de aula são estagiários acadêmicos do curso de pedagogia, letras e libras, que exercem o papel de mediadores onde há alunos com algum tipo de deficiência. Acontece que a demanda adequada para rede municipal seria de três mil pessoas capacitadas. Ou seja, o projeto vai diminuir esse déficit e proporcionar um espaço mais inclusivo nas unidades que têm alunos com autismo.
De acordo com a subsecretaria de Gestão Educacional, Euzeni Araújo , o projeto, além de promover inclusão, vai fortalecer o trabalho de engajamento familiar estimulado pela Semed nos últimos anos.
“Parcerias como esta são muito importantes para rede porque nossa demanda é crescente. E essa parceria é fundamental porque ela vai ajudar não só no trabalho que a Semed faz em relação ao engajamento familiar, como também no de inclusão de alunos com autismo atendidos pela rede“, disse.
Nonata Nogueira, mãe de um jovem autista, disse que por entender a importância de um mediador em sala de aula vai fazer capacitação.
“Meu filho, hoje com 28 anos se formou em Publicidade e Propaganda em 2015 e hoje trabalha como designer em uma secretaria de Estado. Mas foi alfabetizado em casa, porque vivia entre idas e vindas na escola. Então, já estou me oferecendo para fazer o curso de formação para ser mediadora, porque uma das grandes dificuldades que enfrentamos é ter mediadores que não têm conhecimento sobre autismo”, afirmou Nonata.
O projeto ainda está sendo construído. O próximo passo é a assinatura do termo de cooperação entre as três instituições.
Mas os familiares de autistas matriculados na rede municipal de ensino que tiverem interesse em participar do projeto podem procurar a defensora Flávia Lopes, na sala Defensoria, que fica no primeiro andar da sede do Tribunal de Justiça do Amazonas, na Avenida André Araújo, no bairro Aleixo, zona Centro-Sul de Manaus. Os interessados podem se dirigir ao local de segunda à sexta-feira, das 8h às 13h30.
Texto: Emerson Santos
Fotos: Divulgação
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