Sendo uma das integrantes da grande ação que o Governo do Amazonas está promovendo no bairro Amazonino Mendes (Mutirão), na zona norte, nestes três dias (de 5 a 7/12) do programa “Muda Manaus”, a Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas) preparou uma oferta de serviços essenciais para a população que passa por palestras, oficinas, atendimento psicossocial e capacitações. Todas essas ações estão sendo realizadas no Centro Estadual de Convivência da Família (CECF) Teonízia Lobo.
Além de reduzir a vulnerabilidade social e melhorar a qualidade de vida da população, o objetivo do “Muda Manaus” é atender a demanda da população na capital amazonense. Para isso, 24 órgãos da administração estadual estão realizando as ações no bairro Amazonino Mendes (Mutirão), contemplando os seis eixos de atuação do programa: Educação, Esporte e Lazer; Emprego e Renda; Infraestrutura, Habitação e Saneamento Urbano; Justiça, Cidadania, Cultura e Assistência Social; Saúde e Assistência Familiar; e Segurança e Ordem Pública.
A titular da Seas, secretária Márcia Sahdo avalia que essa iniciativa colherá ótimos resultados porque vai permitir que uma série de ações do Governo do Estado cheguem de maneira direta a quem mora no Mutirão. A dirigente aponta que será uma experiência muito positiva porque foi pensada de forma estratégica para garantir à população o acesso a uma série de ações de desenvolvimento social e econômico que foram criados para atendê-la. “Com a proposta de sensibilizar os moradores do bairro sobre temas ligados ao seu cotidiano, a Seas mobilizou seus técnicos para que numa linguagem simples e acessível exponham temas ligados à assistência social”, informou.
No primeiro dia do evento a Seas teve como destaque as atividades da proteção social, mostrando ações de enfrentamento à violência social contra crianças e adolescentes. Os técnicos do órgão informaram aos presentes que a assistência social está muito atenta a essas violações, principalmente como o Estado tem que interver para garantir a proteção social às pessoas que têm seus direitos violados.
Para isso foi montado um stand para que a equipe da proteção social básica da Seas pudesse informar à população sobre os principais projetos, serviços e os programas na área da assistência, orientações sobre atualização e inscrição do Cadastro Único para acesso aos benefícios do governo federal. Nesse stand também estão sendo disponibilizadas orientações sobre o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Como destaque foram realizadas oficinas ao público presente pela equipe de Segurança Alimentar da Seas, a fim de que as pessoas possam se alimentar de uma forma mais saudável, com preço acessível. Outra oficina que foi realizada pelos Centros de Convivência administrados pela Seas, em parceria com o Cetam, visou a geração de emprego e renda.
Neste segundo dia, além das orientações sobre os programas e benefícios socioassistenciais, e as oficinas, as atenções da Seas, a pedido do próprio governo, foram direcionadas para a questão do trabalho, inclusive para os jovens. A Seas se juntou à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti) tanto para prestar informações sobre o cadastro de emprego, como para emissão da Carteira do Trabalho. Além disso, foi feita uma parceria com o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), tendo como alvo o programa Jovem Aprendiz, uma forma de contratação de profissionais de 14 a 24 anos, visando estimular o primeiro emprego e a formação profissional.
Comunitários em ação – Para este sábado (07/12) uma programação especial está sendo elaborada com palestras sobre os benefícios socioasssitenciais, oficinas de enfrentamento ao trabalho infantil, oficina sobre formação política envolvendo usuários das políticas públicas, em particular os da assistência social. Haverá também mais duas oficinas, sendo uma de Segurança Alimentar e a a outra de Artesanato sobre sabonetes artesanais.
A secretária Executiva Adjunta da Seas, Fernanda Ramos, disse que, logo pela manhã, o órgão vai se reunir com as lideranças comunitárias do bairro para esclarecer sobre seu papel e os principais serviços oferecidos. Após essa orientação, a secretaria informou que a Assessoria Jurídica do órgão vai prestar informações sobre registro e regularização das associações comunitárias e quais os procedimentos utilizáveis para captar recursos das emendas parlamentares estaduais.
De acordo com Fernanda Ramos, o papel de gestão da Seas é bem diferente em relação aos de outras secretarias estaduais, que trabalham na ponta, executando. “Nosso trabalho é mais voltado para a orientação dos direitos, acesso aos serviços e aos benefícios socioassistenciais, uma das demandas principais da assistência social. Paralelamente a isso, a gente aproveita também para trabalhar esse processo educativo, de enfrentamento às várias formas de violência sofridas pelas pessoas”, sintetizou.
Geração de renda – Em tempos de desemprego, uma das alternativas é a geração de renda por meio do aproveitamento de alimentos e do artesanato, aproveitando a temática natalina. A instrutora do Curso de Artesanato, Raimunda Santos de Paiva, aproveitou a ação para ensinar ao público presente, homens e mulheres, a fazer botas natalinas, visando gerar renda neste período de fim de ano. “É um enfeite muito procurado neste período, que pode ser vendido por em torno de R$ 20, o que dá para lucrar alguns trocados”, disse.
As irmãs Denilza e Elisana Monteiro da Silvas, 36 e 31 anos, respectivamente, participaram da oficina de artesanato nesta sexta-feira (06/212) para aprenderem a fazer as botas natalinas. Desempregadas, as duas irmãs, que já fazem peças de crochê, resolveram participar da atividade para oferecer o produto para a vizinhança.
Também desempregado, Djavan do Nascimento, 31 anos, que já trabalha com emborrachado, disse que aprendeu a fazer as botas de forma rápida e vai procurar fazer várias peças para vender neste período de festas.
O curso de pão natalino com frutas cristalizadas, ministrado pela equipe da Gerência de Segurança Alimentar (GSAN), da Seas, também foi bastante procurado. A desempregada, Eliane Araújo Picanço, 30 anos, fez o curso, aprendeu e disse que vai fazer para as filhas e tentar vender para a vizinhança. “Muito prática e fácil de fazer essa receita, acredito que vou gerar renda com ela”, frisou.