15:01 – 28/11/2019
FOTO: Divulgação/Seap
Internos do Centro de Detenção Provisória de Manaus (CDPM 2), localizado no Km 08 da BR-174 (Manaus-Boa Vista), participaram do encerramento do curso de Eletricista Predial, nesta quinta-feira (28/11). A atividade é incentivada pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), por meio do Departamento de Reintegração Social e Capacitação (Deresc), sob a coordenação da empresa cogestora Embrasil Serviços.
Vinte e um reeducandos foram formados como eletricistas. O curso profissionalizante, que teve carga horária de 160 horas, com entrega de certificados, faz parte dos projetos de ressocialização que capacitam os internos para o trabalho após o cumprimento de suas penas. Após o curso, os reeducandos estão aptos a cumprirem a função dentro da unidade.
Segundo o diretor do CDPM 2, Lucas Maceda, a intenção é qualificar os encarcerados para que retornem à sociedade como homens melhores, sem as mazelas que os levaram ao cárcere. “Vocês são membros da sociedade, logo lá é o lugar de vocês e é para onde tem de voltar preparados, podendo exercer a sua função social. Nós estamos tentando despertar valores que podem ter sido deixados para trás. Eu tenho certeza de que devolverei vocês para a sociedade muito melhores sem precisar provar nada pra ninguém, pois são dedicados e trabalhadores”, comentou.
O instrutor do Cetam, Sidney Negrão da Cruz, ressaltou a relevância do curso ministrado aos reeducandos. “Esse projeto nasceu no coração de alguém, e esse alguém quer o bem de vocês pois, quando se fala em presídio, a sociedade costuma dizer que só está nele quem não presta e nós precisamos mudar essa mentalidade. Vocês têm a chance de sair daqui profissionais, mostrar o seu valor como pessoas qualificadas para somar na sociedade, e não ter de voltar para a criminalidade. Eu não saio daqui com alunos, saio com amigos de profissão”, comentou.
O gerente de unidade da Embrasil Serviços, Eliel Correia Ferreira, destacou que o curso é o passo primordial para os reeducandos serem inseridos na sociedade. “Quando a gente começou o projeto ‘Trabalhando a Liberdade’, tivemos que construir uma nova história. Temos avançado a passos largos, já temos uma base e o trabalho continua. E o mais importante é que todos concluíram o curso, que sem dúvida terá uma importância significativa na vida dessas Pessoas Privadas de Liberdade”, ressaltou.
O curso capacita para diversas atividades relacionadas a instalações residenciais e comerciais, como fiação, cabeamento, instalação de quadros elétricos ou caixa de energia e iluminação, entre outros.
Remição – Os internos que passarem pelos cursos profissionalizantes poderão exercer o ofício nos presídios por meio do projeto de remição da pena pelo trabalho não remunerado, conforme a Lei de Execuções Penais (LEP) prevê, utilizando da mão de obra dos reeducandos para a reforma e manutenção da unidade. Com a atividade laborativa, o preso resgata parte da condenação, diminuindo seu tempo de duração. Para cada três dias trabalhados, o preso tem direito à diminuição de um dia na pena.
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