Pressão dificulta esvaziamento da bexiga, trazendo incômodo a muitos homens; complicação precisa ser tratada
Um problema muito comum com o passar do tempo para alguns homens é o aumento da próstata, conhecida também como hiperplasia prostática benigna. O urologista do Centro de Referência em Saúde do Homem, Joaquim Claro, afirma que a alteração é o crescimento natural do órgão.
“Não é câncer na próstata, que é a glândula masculina que faz a secreção prostática para compor o sêmen e permitir a produção. Embora seja natural, ela pode trazer repercussões, assim como complicações, e devem ser tratadas e evitadas”, afirma o urologista.
Como consequência, o crescimento da próstata aperta a uretra, canal por onde passa a urina. Com isso, a pressão dificulta o esvaziamento da bexiga, trazendo sintomas que prejudicam a qualidade de vida dos homens.
“Os principais sintomas são o aumento da vontade de urinar, acordando no meio da noite, com um jato urinário mais fraco e fino, exigindo que faça mais força para começar a urinar”, explica Claro.
Porém, a doença pode ser sutil como é o caso de Sebastião Barnabe, que só sentiu dificuldades para urinar após iniciar o tratamento. “Você pensa que está normal, mas depois que faz o tratamento, recebe o auxílio médico e os tratamentos, é possível perceber a diferença. Agora está bem mais natural”, conta ele.
Câncer de próstata
Mais de 50% dos homens que chegam para tratar o câncer de próstata já estão em estágio avançado, pois não fizeram a prevenção. “O diagnóstico precoce é fundamental, pois permite tratamentos menos agressivos e com altos índices de sucesso. Por isso, a indicação dos especialistas é que, a partir dos 50 anos, a realização de exames de rotina vire um compromisso para toda a população masculina”, destaca o urologista William Nahas.
O exame de toque é essencial. Para Claudio Murta, o problema do preconceito só atrapalha a prevenção de uma doença que é grave. “Os cuidados com a saúde devem começar desde cedo, com acompanhamento na infância, adolescência e vida adulta. Mais do que desmistificar o preconceito do exame do toque retal, é importante que o homem mantenha hábitos saudáveis para tratar a doença de forma menos agressiva, com mais chances de cura”, completa o urologista.