A ex-governadora do Rio de Janeiro e ex-prefeita de Campos, Rosinha Matheus, deixou a unidade feminina do Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, no começo da tarde de hoje (4), onde estava presa desde ontem (3).
Na saída, Rosinha foi recebida pelo marido, o ex-governador Anthony Garotinho, que estava preso em Benfica, e foi liberado hoje manhã, e pela filha, deputada federal Clarissa Garotinho (PROS). Na companhia da filha, o casal seguiu para o apartamento onde mora no bairro do Flamengo, na zona sul do Rio.
Denúncia
Rosinha e Garotinho foram presos ontem (3) no âmbito da Operação Secretum Domus, deflagrada no Rio de Janeiro e em Campos dos Goytacazes, pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). A denúncia apresentada pelo MPRJ foi aceita pelo juízo da 2ª Vara Criminal da Comarca de Campos dos Goytacazes, no norte fluminense.
De acordo com a denúncia, o casal recebeu propinas no valor de R$ 25 milhões, como resultado do superfaturamento de R$ 62 milhões nos contratos, que somaram quase R$ 1 bilhão para a construção de casas populares nos programas Morar Feliz I e Morar Feliz II, durante os mandatos de Rosinha, de 2009 a 2016, na Prefeitura de Campos. As investigações, segundo o MPRJ, indicaram que o segundo projeto não chegou a ser concluído.
Enquanto esperava a saída do pai do presídio, a deputada federal Clarissa Garotinho disse que os pais foram vítimas de abuso de autoridade. “A nossa família entende que o plantão de Justiça está estabelecendo a justiça. Não é a primeira vez que a nossa família é vítima de abuso de autoridade cometida pela Justiça de Campos e nós não podemos mais admitir ações como essa, por isso é muito importante a lei que foi aprovada pelo Congresso Nacional sobre abuso de autoridade”, observou.
Ao sair do presídio, o ex-governador Anthony Garotinho negou que tenha recebido as propinas apontadas pelo MPRJ. “Se eu tivesse recebido propina não estava morando de aluguel no bairro do Flamengo”, completou.
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Edição: Aline Leal