Encontro faz parte da programação do Setembro Amarelo
Como parte da Campanha Setembro Amarelo, nesta segunda-feira (23/09), o Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (Sejusc), em parceria com a Escola do Legislativo e Universidade Federal do Amazonas (Ufam), realizou uma roda de conversa com o público LGBT+ sobre prevenção ao suicídio, uma vez que pesquisas da Universidade de Columbia apontam que pessoas LGBT+ são cinco vezes mais propensas a tentar suicídio.
Nesta segunda-feira, a roda de conversa contou com palestras da professora Lidyane Cavalcante, do Departamento de Serviço Social da Ufam, e de psicólogos do Núcleo de Apoio à Vida Manaus (Navima/AM). “O suicídio é uma catástrofe silenciosa. A cada 40 segundos, uma pessoa se mata, e, a cada 3 segundos, uma pessoa tenta o suicídio. A população LGBT+ tem cinco chances a mais de cometer suicídio. É por isso que devemos trabalhar o tema, pois através dele podemos salvar outras vidas”, alertou Lidyane.
A titular da Sejusc, Caroline Braz, esteve na roda de conversa e destacou a necessidade do debate sobre o tema e sobre os canais de ajuda oferecidos pelo Governo Estadual. ”Precisamos conversar sobre saúde mental e também suicídio. Os dados preocupam, e, com o público LGBT+ há o agravante de que muitos não têm o diálogo com a família e sofrem muito preconceito nas ruas. Abrir essa conversa é fundamental para mostrar que eles não estão sozinhos”, sintetizou a titular da Sejusc, Caroline Braz.
Durante o mês de setembro, a Sejusc realizou atividades voltadas à prevenção ao suicídio, como palestras, distribuição de abraços e atendimentos psicológicos.
Parcerias – Assim como os eventos anteriores da programação do Setembro Amarelo, a roda de conversa desta segunda também teve participação do projeto Educando pela Cultura, da Escola do Legislativo da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM). A coordenadora do projeto, Jacy Braga, reforçou a importância do debate e destacou que, por isso, a instituição está formando parcerias com organizações publicas e também não-governamentais. “A gente sabe que algumas situações causam pressão, por conta do preconceito, e as pessoas acabam tomando atitudes mais brutas, por não terem tido espaço, escuta, por isso separamos esse mês para falar sobre um tema tão delicado”, explicou Jacy Braga.