A Secretaria de Estado de Saúde (SES) inaugurou hoje (6) o Centro de Acolhimento ao Adolescente, à Criança e à Mulher Vítima de Violência (CAAC Lilás +) no Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O projeto, desenvolvido em parceria com o Ministério Público estadual e a Polícia Civil, atenderá a demanda interna e a demanda da região por meio de agendamento. Além da unidade no hospital de Saracuruna, um segundo centro será inaugurado até o final do ano, no Hospital Estadual Alberto Torres, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio, segundo informou o governo do estado.
Pioneiro no país, o CAAC Lilás + é único centro de acolhimento com medida protetiva a adolescentes, crianças e mulheres a realizar um atendimento multidisciplinar com médicos, enfermeiros, assistentes sociais e psicólogos integrado com policiais e peritos.
De acordo com o governador Wilson Witzel, o centro é um avanço e se destaca na proteção das vítimas. “Esse centro é o resultado de um trabalho que vamos multiplicar em outros lugares. O cuidado com as mulheres é uma das maiores preocupações do nosso governo e, com esse atendimento diferenciado, mostramos que essa defesa está sendo levada a sério”, disse.
O Centro de Acolhimento do Hospital Estadual Adão Pereira Nunes terá um espaço total de 40m², com recepção exclusiva e espaço lúdico, brinquedos e TV para que os usuários se sintam acolhidos. A sala de oitiva, que é a sala de entrevista investigativa com profissional capacitado, terá tratamento acústico e sistema de áudio e vídeo para que toda entrevista seja gravada e arquivada, garantindo a preservação e o sigilo das informações. O espaço tem ainda uma sala de registros de ocorrência e um consultório onde serão realizados, caso necessário, exames de corpo de delito com um médico especializado.
O secretário estadual de Saúde, Edmar Santos, acredita que a medida vai contribuir para o atendimento às vítimas. “A criação destes espaços beneficiará crianças, adolescentes e também mulheres vítimas de violência. Um espaço para o acolhimento de toda a família, fator importante em caso de violência doméstica. Em um único ambiente, será realizada a queixa, o exame de corpo de delito e o atendimento médico. A escolha dos locais é importante como política pública, já que a Baixada Fluminense e a região de São Gonçalo são as que registram mais casos”, disse.
Dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, do Ministério da Saúde, mostram que foram notificados, em 2017, 9.251 casos de violência contra crianças e adolescentes na região metropolitana do Estado do Rio.
Para o secretário de Polícia Civil, Marcus Vinícius Braga, o Centro de Acolhimento do Hospital Adão Pereira Nunes é um projeto-piloto que vai servir de exemplo para outras regiões do estado, convergindo diversos agentes e instituições que atuam na rede de proteção de vítimas de violência.
“O centro é um projeto fundamental para acolhimento das crianças e mulheres que sofrem agressões. Concentrando todo o atendimento, damos dignidade a essas pessoas e evitamos a revitimização, para que elas não precisem passar por todo o trauma novamente”, disse.
Edição: Fábio Massalli