Na tarde de terça- feira (24), o deputado estadual Sinésio Campos (PT) esteve em uma reunião no Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM), juntamente com médicos e gestores do Hospital Universitário Francisca Mendes (HUFM), que contou com a participação da Procuradora-Geral de Justiça, Leda Mara Nascimento Albuquerque, acompanhada pela Promotora de Justiça Silvana Cabral, titular da 58ª Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos à Saúde (Prodhsp), e o vereador Marcelo Serafim (PSB).
Gestores do Francisca Mendes estiveram presente no gabinete do deputado Sinésio objetivando providências sobre a situação do Hospital. Diante do exposto, o parlamentar solicitou a intermediação do MP-AM no processo de transição do regime jurídico da unidade hospitalar, que terá seu contrato finalizado com a Fundação de Apoio Institucional Rio Solimões (Unisol), atual gestora.
Os presentes denunciaram às promotoras o que chamaram de “desmonte” da estrutura montada no Francisca Mendes nos últimos anos, o que se caracteriza, entre outros itens, pela alta especialidade da mão-de-obra que atua na unidade. Da mesma forma, médicos da direção do HUFM alegaram que, pela falta de diálogo com a Secretaria de Saúde (Susam), há o risco iminente da qualidade alcançada no atendimento da unidade, pela característica de ser um Hospital Universitário e primar pela formação dos profissionais que nele atuam ser desmontada.
“Se a gente põe um profissional que não tem experiência intensivista (especialista em terapia intensiva), o paciente vai morrer. Só este ano foram 298 mil pessoas que morreram de doença Cardiovascular, mais de 300 mil infartos. Dentre as doenças mortais, a número 1 no Brasil, comprovado em pesquisa, é a Cardiovascular, que ano passado registrou 397 mortes”, disse o médico Mariano Terrazas, chefe do setor de Cirurgia Cardiovascular do HUFM.
O médico Ronaldo Castilho, coordenador do serviço de Cardiopediatria do hospital, disse que uma das maiores diferenças do Francisco Mendes é a vocação acadêmica, o que fomenta vários cursos para os médicos e demais profissionais de saúde da unidade. “Nosso DNA é ensino. Para fazer um profissional como o nosso são muitos anos de formação, porque é um serviço muito especializado”, afirmou o médico.
A Procuradora-Geral, Leda Mara, ouviu todos os argumentos e confirmou o apoio do MP-AM, além de ressaltar que o órgão já tem ampla atuação na área de Saúde, com a atuação das promotorias da área. Em relação ao Hospital Francisca Mendes, a promotora Silvana Cabral explicou que as tratativas sobre a mudança do regime jurídico daquela unidade hospitalar já vêm sendo acompanhadas pelo MP-AM que tem, inclusive, posição fechada quanto à alternativa a ser adotada. “Nós defendemos a alternativa da criação da fundação pública, o que já está previsto em decreto lei desde 2014, bastando, agora, ser realmente cumprido”, disse a promotora da área de Saúde.
Nos encaminhamentos, o deputado Sinésio sugeriu a realização de uma reunião ampliada, com participação de representantes da Secretaria de Estado de Saúde (Susam), Casa Civil e Tribunal de Contas do Estado (TCE). A sugestão foi acatada e a reunião agendada para o dia 1º de Outubro, na sede do MP-AM.
“Estamos aqui atendendo o clamor não só dos gestores, mas também de toda população Amazonense, que enfrenta inúmeras dificuldades no campo da saúde, mormente no que se refere ao elevado índice de pessoas com problemas cardíacos, como foi mencionado pelo Dr Mariano. Estamos na busca da melhor solução que culmine no funcionamento adequado do hospital do coração de Manaus, visto que o mesmo também atende pessoas de outros lugares do Estado”, explicou Sinésio.
Gabinete do Deputado Sinésio Campos (PT)
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