A ressaca do mar que atingiu o Rio de Janeiro desde quinta-feira (18) vai começar a perder força a partir das 9 h de amanhã (23), segundo informou a Marinha. A ressaca deixou dois mortos e um rastro de destruição, em consequência da força das ondas que chegaram a atingir mais de 3 metros em algumas praias do litoral fluminense.
Em Saquarema, um menino de 5 anos que estava com o pai perto do mar, na Prainha, em Saquarema, foi arrastado pelas ondas e está desaparecido. Em Paraty, na Costa Verde, um pescador foi retirar uma rede do mar no domingo à noite (21) e foi arrastado para o mar. O pescador não foi localizado.
Em Cabo Frio, na Região dos Lagos, a Superintendência de Defesa Civil da cidade vistoriou hoje (22) as áreas mais atingidas pela ressaca do mar. O Forte São Mateus, está interditado por questões de segurança. “O mar continua batendo com força nas pedras, inviabilizando o acesso ao Forte. Mas as pessoas continuam desobedecendo e retiraram a fita de isolamento e subindo no acesso ao Forte. Esse trecho está perigoso. As ondas são fortes é melhor não arriscar”, disse o superintendente João Velloso.
Na Praia do Forte a força das ondas deslocou a base de pedras sob o deck de madeira e danificou algumas rampas de acesso à praia. Na Praia das Dunas, o Corpo de Bombeiros retirou dois postos de salvamento por causa da força das ondas. Em Armação de Búzios, também na Região dos Lagos, houve ondas fortes em Geribá e Tucuns.
No Rio de Janeiro, a calçada da Praia do Pepê, na Barra da Tijuca, na zona oeste, foi destruída pelas ondas. Em Ipanema, na zona sul, uma parte do calçadão também foi destruído.
As praias da Baía de Guanabara, que tem sempre mar calmo, porque não estão numa região de mar aberto, tiveram ondas de até 3 metros de altura, como na Praia do Flamengo. Os surfistas aproveitaram as ondas. O mesmo aconteceu na Praia de Icaraí, em Niterói, que ficou com ondas enormes, convidativas para a prática do surf.