O requerimento de autoria do deputado estadual Wilker Barreto (Podemos) convocando o dono da Dantas Transportes, o empresário Francisco Luiz Dantas da Silva, para explicar as denúncias de corrupção entre a transportadora e a Secretaria de Estado de Educação do Amazonas (Seduc), recebeu 18 assinaturas dos parlamentares e passou ser subscrito de forma coletiva. A coleta das assinaturas ocorreu na sessão plenária desta quarta-feira (28).
Líder da oposição na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), Barreto não hesitou em unificar a força dos parlamentares no requerimento que pede a vinda do empresário que revelou o esquema de corrupção ao Ministério Público de Contas (MPC-AM), que formalizou a denúncia ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM).
“Essa vaidade eu não tenho, trago isso como uma matéria coletiva. O assunto envolve a Assembleia. Fico feliz pelos deputados aderirem ao meu pedido de chamar o Dantas e convocá-lo a esta Casa. Precisamos ter noção do que ocorreu nos contratos do transporte escolar do Amazonas”, explicou.
Alertando desde fevereiro os contratos com dispensa de licitação da Seduc, Wilker vai aguardar a reunião com os membros da Comissão de Educação, que deverá ocorrer após o feriado da Semana da Pátria, para saber a data oficial da vinda do empresário.
“O documento foi aprovado com 18 assinaturas. Temos agora que esperar a reunião (da Comissão de Educação) para sabermos o dia da vinda do empresário que precisa vir para explicar tudo o que ocorreu com esse contrato de R$ 46 milhões e quem são esses agentes políticos que receberam dinheiro. Essas denúncias não me causaram surpresas, pois eu e o deputado Dermilson Chagas estamos denunciando desde fevereiro. Está na hora de sabermos o que ocorreu na Seduc. O caso da Dantas é a ponta do Iceberg”, afirmou.
CPI da Educação
Ao ser questionado sobre a abertura da ‘CPI da Educação’, Wilker garantiu que só irá colher novamente as assinaturas caso o convocado não compareça para prestar esclarecimentos. Em março, o parlamentar colheu três assinaturas para a abertura da CPI que tinha a intenção de investigar os gastos de mais de R$ 130 milhões em dispensa de licitação e contratos emergenciais com transporte e alimentação pela pasta.
“Uma CPI só poderá ser implantada se queimar etapas. Vamos aguardar a convocação do empresário e estudar tudo o que ocorrer na sabatina após a vinda dele aqui na Assembleia”, assegurou.
Saída de Castro
Sobre a exoneração de Luiz Castro da Seduc, Wilker declarou que o ex-deputado sai pela porta dos fundos e deixa a pasta de forma vergonhosa.
“O, agora, ex-secretário Luiz Castro usou de todos os artifícios para não vir a está Casa. 20 anos como deputado estadual e não veio prestar esclarecimentos. Até hoje, no seio da comissão de educação, tem um requerimento meu aprovado, desde maio, pedindo informações sobre a questão dos monitores, e não chegou uma linha. O secretário sai pela porta dos fundos e não apagou nem a luz. Sai de forma vergonhosa. Quem não deve, não teme. Esse negócio de sair do cargo para deixar à vontade a investigação não existe. Quem tem materialidade, quem tem provas, mostra. Deveria ter vindo ontem na Aleam. Não veio porque não tem documento”, afirmou.
Equivoco reconhecido
O veto governamental ao Projeto de Lei nº 32/2019, que prevê a existência de um guia de turismo credenciado nas atividades turísticas do Amazonas, foi retirado de pauta pela própria liderança do Governo para um estudo mais profundo.
A propositura, de autoria do deputado Wilker Barreto, recebeu uma ampla discussão dos parlamentares pelo fato de existir um Projeto de Lei no âmbito federal tramitando em Brasília, o que segundo a justificativa dos governistas, poderia tornar obsoleta a legislação. A discussão do veto deverá retorna à pauta nas próximas sessões.
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