Direitos do Cidadão
3 de Setembro de 2019 às 15h40
Projeto “MPF por direitos” realiza segunda edição com ênfase no enfrentamento à violência religiosa
Projeto desenvolvido pelo órgão na Baixada Fluminense trata da mobilização por direitos fundamentais e defesa da Constituição de 1988
Foto: PRM/S. J. de Meriti
O Ministério Público Federal (MPF) na Baixada Fluminense promoveu, no último sábado (31), a segunda edição do projeto “MPF por Direitos”, que teve como temas principais a intolerância e a perseguição religiosa. Os participantes ressaltaram a necessidade de avançar na pauta de promoção da liberdade e diversidade religiosa e destacaram o papel do MPF na luta por esses direitos. O evento foi realizado no Espaço Lumyjacarê Junçara, localizado em um terreiro de candomblé, em Nova Iguaçu.O encontro, conduzido pelo procurador da República Julio José Araujo Junior, durou cerca de quatro horas e foi marcado pela apresentação de propostas para uma melhor organização da sociedade na defesa desses direitos. Foi concluído que, “apesar do cenário crítico de violência religiosa contra terreiros, há uma resistência em curso que permite a criação de propostas de enfrentamento e alternativas”, afirma o procurador.A presença de integrantes de outras religiões foi muito celebrada. O pastor Jorge Luiz, da Igreja Assembleia de Deus em São João de Meriti, destacou que “o trabalho do MPF vem auxiliando os integrantes de religiões evangélicas a mostrarem a necessidade de o diálogo inter-religioso se comprometer com o combate à violência”. Ele ressaltou ainda a atuação do MPF no caso do Shopping Vida, em que se celebrou um termo de ajustamento de conduta para impedir que vagas fossem direcionadas a membros de determinada denominação evangélica.Histórico do projeto – A primeira edição do projeto “MPF por direitos” ocorreu em novembro do ano passado, em Queimados. Na ocasião, o objetivo foi reunir organizações da região e apresentar o funcionamento, a estrutura e o papel do MPF, bem como dialogar sobre possíveis demandas da sociedade no contexto da Baixada.Ao longo deste ano, o projeto passou por reformulação e ganhou um propósito mais específico: “Queremos organizar encontros em locais marcados pela opressão e pela discriminação e trazer toda a sociedade para pensar a efetivação de direitos e a necessidade de discutir formas de cumprir a Constituição de 1988. Terreiros, prisões, comunidades e as ruas são espaços que vamos ocupar e mostrar a presença da instituição”, assegura o procurador. O próximo encontro deve ocorrer em setembro.
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