16:49 – 30/10/2019
FOTO: Divulgação/Idam
Novas tecnologias que irão facilitar o processo de mapeamento e transporte da castanha-do-Brasil estão sendo desenvolvidas em Manicoré (a 332 quilômetros de Manaus). A iniciativa faz parte do Projeto Integrado da Amazônia (PIA), executado pelo Fundo Amazônia, em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Estado do Amazonas (Idam) e Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).
Tecnologias como o uso de cabos aéreos e drones, que serão utilizados na atividade florestal, foram apresentados aos extrativistas da região. Na última semana, as instituições parceiras estiveram no município para realizar capacitação e treinamento para as famílias que trabalham com a produção de castanha-do-Brasil.
De acordo com a pesquisadora de Ciências Florestais da Embrapa Amazônia Ocidental, Kátia Silva, com apoio do Fundo Amazônia, a Embrapa tem desenvolvido algumas ações de transferência de tecnologias.
“Estamos trabalhando inicialmente em Manicoré, nas comunidades Jatuarana, Democracia, Água Azul e outras localidades do entorno, para levar tecnologias como o uso de cabos aéreos, que irão facilitar no transporte da castanha-do-Brasil em locais de difícil acesso”, explicou Kátia, ao ressaltar que a presença dos jovens nesse processo é importantíssima, visto que futuramente eles irão manusear essas novas ferramentas.
Segundo Kátia, o uso de cabos aéreos no transporte do produto reduz o tempo de extração da castanha in natura e também o esforço físico. Na oportunidade, foi realizado um treinamento com os participantes sobre como manusear drones que serão utilizados futuramente na identificação de áreas e mapeamento de castanheiras, processos que facilitam a quantificação do potencial produtivo.
Para a engenheira florestal e instrutora do treinamento, Rosiele Vasconcelos, é importante investir em novas metodologias para quantificar o potencial produtivo das florestas. “Esse é um passo a mais para o estímulo ao uso sustentável da floresta pelas comunidades que vivem do extrativismo, e conciliar tudo isso com o uso de novas tecnologias resulta em ganhos socioeconômicos para as comunidades”, destacou.
Atividade – A programação contou com demonstrações sobre o uso de drone no planejamento florestal, coleta de coordenadas geográficas (GPS) para inventário de recursos florestais naturais, sobrevoo com drone nos castanhais, além de conteúdo a respeito da importância do mapeamento de recursos florestais não madeireiros e os aspectos gerais sobre a castanheira.
Para o gerente do Idam em Manicoré, Rigoney Nascimento, ações como esta são fundamentais para a melhoria da qualidade de vida dos agricultores familiares e extrativistas do município.
“O Idam é parceiro do projeto e está sempre à disposição para iniciativas que visam beneficiar o agricultor familiar e produtor rural, de forma a valorizar a vida de quem trabalha no campo”, disse o gerente, ao destacar que, nesta fase, o Instituto deu apoio logístico para a realização das atividades do projeto.
Além de Kátia Silva, da Embrapa, e de Rosiele Vasconcelos e Rigoney Nascimento, do Idam, participaram das metodologias a pesquisadora do Inpa, Francisca Dionízia de Almeida; a engenheira agrônoma da Secretaria de Estado de Produção Rural e Sustentabilidade (Sepror), Mariza Lisley; o instrutor do curso de cabos aéreos, Fabiano Rodrigues; o extensionista da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Amazonas (Adaf), Tamme Barros. O evento teve ainda a participação de agricultores familiares.
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