Preservação da memória cultural é um dos temas das palestras da 17ª Semana dos Museus
A educação patrimonial como aliada ao desenvolvimento sustentável estará em pauta na tarde desta quinta-feira, 16/5, durante a programação da 17ª Semana Nacional dos Museus. O circuito de palestras teve início nesta quarta-feira, 15, e acontecerá até a sexta-feira, 17, no Les Artistes Café Teatro, no Centro Histórico de Manaus, com discussões abertas ao público, a partir das 15h.
Com o tema “Educação patrimonial como instrumento de preservação e sustentabilidade da memória cultural”, a professora e arquiteta Alcilânia Lima abordará os conceitos, paradigmas e a importância da preservação do patrimônio por meio da educação patrimonial, e como ela possibilita o desenvolvimento sustentável por meio das memórias produzidas pelos eventos culturais, feiras, oficinas e o envolvimento e participação das mulheres.
A educação patrimonial é um instrumento de “alfabetização cultural” que possibilita ao indivíduo fazer a leitura do mundo que o rodeia, levando-o à compreensão do universo sociocultural e da trajetória histórico-temporal em que está inserido. Esse processo leva ao reforço da autoestima dos indivíduos e comunidades e à valorização da cultura brasileira, compreendida como múltipla e plural.
A palestra é voltada para o público de modo geral com interesse no tema e não é necessário realizar inscrição.
Semana dos Museus
A Semana Nacional dos Museus é uma idealização do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e acontece simultaneamente em diferentes cidades brasileiras. Este ano, a semana traz o tema “Museus como núcleos culturais: o futuro das tradições”.
Com apoio da Prefeitura de Manaus, na capital amazonense estão sendo realizados o circuito de palestras no Les Artistes Café Teatro e visitas guiadas, até o próximo domingo, 19, no Museu da Cidade de Manaus, localizado no histórico prédio do Paço da Liberdade. O horário para visitas é das 9h às 17h – com última entrada às 16h20.
Programação
Abrindo a rodada de palestras, nesta quarta-feira, a arqueóloga Vanessa Benedito falou sobre “O saber tradicional na manufatura da cerâmica”, descrevendo o processo da fabricação tradicional das cerâmicas e pontuando a existência de mais de 150 sítios classificados no Amazonas atualmente.
Urnas funerárias e cerâmicas, encontradas durante a reforma do museu, ocorrida em 2012, datam do século 100 d.C, mais antigo que peças achadas no sítio Manaus, que datam de 600 a 1000 d.C.
Tanto a praça Dom Pedro quanto o Paço da Liberdade possuem memória de povos milenares. Uma parte desses achados pode ser visitada no Museu da Cidade, que tem a exposição in loco de modelos de cerâmica e urnas funerárias.
Vanessa ressaltou a importância da preservação de vestígios arqueológicos. “Hoje no Amazonas quatro lugares estão aptos a receber a guarda de material arqueológico, deve-se preservar os seus lugares”, completa.
Além de Vanessa e Alcilânia, o professor e historiador Otoni Mesquita também participará da programação, na sexta-feira, 17, quando apresentará o seminário “Mercado Adolpho Lisboa – História e Arquitetura”.
Texto: Mônica Figueiredo e Tiago Souza / Semcom
Fotos: Leonardo Leão / Semcom
Disponíveis em: https://flic.kr/s/aHsmBfzYRX
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