Prefeitura participa de encontro sobre empregabilidade para refugiados e migrantes
A Prefeitura de Manaus participou da primeira edição do Encontro Empresarial sobre contratação de Refugiados e Migrantes realizado na manhã desta quarta-feira, 11/12, no auditório do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-AM), Centro.
O principal objetivo do evento foi sensibilizar e orientar empresários, representantes do setor privado e interessados sobre a contratação de refugiados e migrantes, visando a prospecção de oportunidades de emprego e renda para esse público nas empresas.
O evento, promovido por meio de uma parceria entre o Serviço Jesuíta de Migrantes e Refugiados (SJMR), Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur), Sebrae-AM e a ONG Hermanitos, apresentou quatro painéis de discussão sobre as alternativas para a integração da comunidade refugiada e migrante na cidade.
Durante o painel que apresentou a integração socioeconômica e os serviços oferecidos pela rede de apoio ao público de interesse, o subsecretário administrativo da Secretaria Municipal do Trabalho, Empreendedorismo e Inovação (Semtepi), Paulo Tyrone, destacou o empenho do Sine Manaus em sensibilizar os parceiros para que mais vagas sejam ofertadas para esse público.
“Desde 2017, a Prefeitura de Manaus, por meio da Semtepi, realiza um trabalho com este público, conforme a orientação do prefeito Arthur Virgílio Neto. O Sine Manaus, por exemplo, tem sensibilizado as empresas em relação à oferta de vagas para as pessoas que estão nessa situação. Além disso, várias ações de cadastro no nosso banco de dados já foram feitas em parceria com o Centro de Apoio e Referência a Refugiados e Migrantes, o Care”, destacou.
Tyrone também ressaltou as ações de qualificação profissional totalmente exclusivas para a comunidade. “Atrelado às atividades do Sine, o nosso departamento de Qualificação Profissional dedicou parte de suas turmas de cursos profissionalizantes, para que os refugiados se especializem e comecem a ser inseridos em nosso mercado de trabalho”, informou.
Empreendedorismo
Considerada uma alternativa para geração de renda, o empreendedorismo também foi pauta durante o encontro. O secretário-executivo do Fundo Municipal de Empreendedorismo e Inovação (Fumipeq), Fabio Castro, falou sobre os serviços e capacitações que o Escritório do Empreendedor tem levado aos refugiados.
“Muitos venezuelanos têm procurado os serviços do escritório pessoalmente, mas, nós também entendemos que precisamos chegar até essas pessoas. Neste ano, o Escritório Itinerante também fez parte das atividades de integração da Care e apresentou alternativas para que essas pessoas em condição de vulnerabilidade encontrem novas formas de geração de renda”, explicou Castro.
A confeiteira venezuelana Nelariz Lanz, que chegou à cidade em agosto de 2019, é uma dessas pessoas que procuraram os serviços do Escritório do Empreendedor. “Em meu país eu já empreendia, era dona de uma confeitaria e vendia muito bem. Quando cheguei ao Brasil, encontrei muitas dificuldades na hora de começar meu negócio do zero. Por muito tempo achei que não ia conseguir me reerguer”, contou.
Nelariz encontrou no escritório a esperança de uma vida melhor. “Quando ouvi falar dos serviços da Semtepi, corri para o escritório. Recebi consultoria, participei de capacitações e tirei todas as minhas dúvidas. Além disso, ganhei um curso grátis de um parceiro da secretaria, o Carlos Oshiro. Fiz uma semana intensiva de cursos na Targo Consultoria e expandi minha visão sobre o mundo dos negócios”, concluiu.
Para o representante da Acnur no Amazonas, Lucas Nascimento, a participação do poder público nessa integração é essencial para que as ações tenham êxito. “O município tem participado de nossos grupos de trabalho de integração local, que é um dos espaços de coordenação da nossa rede de apoio. Então, nós sentimos que esse apoio é fundamental na consolidação dessas ações”, explicou Lucas.
Feira de Artesanato
Durante o encontro foi feita a abertura da Feira de Empreendedorismo ‘Sem Fronteiras’, onde refugiados e migrantes venezuelanos, incluindo indígenas da etnia warao, apresentarão seus trabalhos de artesanato e gastronomia.
A feira, que conta com a participação de ao menos 80 artesãos, é aberta ao público e funcionará até sexta-feira, 13/12, de 8h às 17h, na área externa do Sebrae.
Texto – Wesley Paiva / Semtepi
Fotos – Wesley Paiva / Semtepi
Disponíveis em – https://flic.kr/s/aHsmJXAjVV