06/08/19 13h58
O evento aconteceu na Arena Santander, no dia 01 de agosto, e reuniu gestores de diversas áreas
Agência USP de Inovação
A associação PMI promoveu, no dia 01 de agosto, o evento “Double shot: métodos ágeis para inovação, um salto para o empreendedorismo”, na Arena Santander. Durante a palestra, o especialista em Projetos e Transformação Digital, Cristiano Moraes apresentou cases de algumas empresas suas e compartilhou experiências adquiridas com nesses negócios. O segundo palestrante, professor Felipe Chibás Ortiz, apresentou seu livro “Marketing, Comunicação, Tecnologia & Inovação nas Cidades MIL”, em que expõe métodos de inovação acessíveis, e métricas, desenvolvidas pelo seu grupo de estudos Toth-CRIARCOM, sobre startups.
Ele também explicou o conceito de cidade MIL, proposto pela UNESCO: “O termo refere-se à uma cidade que use a tecnologia de maneira ética, sustentável, e com propósito. A tecnologia pode ser usada para um fim ruim, individualista, e estritamente financeiro. Entretanto, ela também pode ser utilizada para empoderar as pessoas, para que elas consigam enxergar uma fake news, ou uma pós verdade, por exemplo. É muito presente, atualmente, a ideia de verdade soberana, mas a verdade é relativa, não é absoluta. E a tecnologia pode ajudar com isso.”
Em entrevista à Agência USP de Inovação (AUSPIN), Cristiano falou sobre falhas e qual é, para ele, o princípio dos métodos ágeis: a experimentação. “O método ágil tem essa pegada de responder à mudança mais rápido, e também ver se estamos dando tiro no lugar certo. Em toda grande ideia, temos um toque de esperança, na qual acreditamos estar enxergando um grande nicho de mercado. Mas como eu experimento este nicho de mercado, sem gastar muito, com um melhor resultado? […] Utilizar os métodos ágeis, na verdade, não é alcançar seus objetivos mais rápido, mas sim com menos desperdícios. O segredo é sentir o mercado, saber priorizar e também desapegar.”
Entre os questionamentos feitos pelo público aos palestrantes estavam questões quanto ao medo dos jovens de empreender e também sobre como é aplicado o empreendedorismo nas universidades. Para ambos, a resposta envolve a necessidade de fomentar iniciativas que desenvolvem o espírito empreendedor. “Nossa cultura foi baseada numa noção de estabilidade. Mas a sociedade atual está muito diferente”, disse Cristiano; e o professor Felipe complementou: “não cabe somente à universidade fortalecer a cultura empreendedora. É algo que deve vir desde antes. A sociedade brasileira está começando a encarar essa realidade.”