O senador Plínio Valério (PSDB-AM) criticou nesta terça-feira (27), em Plenário, as declarações do presidente francês, Emmanuel Macron, sobre as queimadas na Amazônia. Plínio disse que há histeria e interesses econômicos por trás das acusações feitas ao Brasil. Ele avaliou que há uma tentativa de interferência na soberania do país e concordou com a posição do governo brasileiro de não aceitar a ajuda de 20 milhões de euros (cerca de R$ 91 milhões) proposta pelo G7, grupo dos sete países mais ricos do mundo.
— O presidente francês está sendo falso e irresponsável nas acusações que dirige ao nosso país, e nisso ele não está sozinho. Tem como pontas de lanças, como aliados ocasionais, organizações não governamentais [ONGs] que sempre se imiscuíram em problemas da Amazônia e controlaram, como ainda controlam, recursos essenciais para a região — afirmou, acrescentando que o Brasil não precisa de esmolas.
Para o senador, “não é de espantar” que a preocupação de Macron pela Amazônia surja pouco tempo depois de o Mercosul e a União Europeia firmarem um acordo comercial que abrirá o mercado europeu para as exportações brasileiras, o que desagrada os produtores rurais franceses.
Plínio condenou ainda as declarações do presidente da França sobre as discussões em torno do estabelecimento de um eventual “status internacional” para a Amazônia. E ressaltou a importância da Zona Franca de Manaus como alternativa econômica que garante a preservação da floresta.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)