Por unanimidade de votos, os conselheiros Mario Manoel Coelho de Mello, de 60 anos, e Antônio Julio Bernardo Cabral, de 65 anos, foram eleitos, na manhã desta terça-feira (15), durante sessão extraordinária, para administrar o Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) nos próximos dois anos (biênio 2020-2021).
Na mesma sessão, o colegiado elegeu o conselheiro Júlio Pinheiro para a Corregedoria-Geral do TCE e o conselheiro Érico Desterro para a Ouvidoria. A conselheira Yara Lins dos Santos — que deixa a presidência no dia 16 de dezembro — foi eleita também para coordenar a Escola de Contas Públicas do TCE nos próximos 2 anos, no lugar do conselheiro Ari Moutinho Júnior. A posse do novo presidente e vice-presidente do TCE-AM, respectivamente, acontecerá no dia 16 de dezembro, no Teatro Amazonas.
Após a votação direta, os conselheiros, os auditores e o procurador-geral do MPC, João Barroso, desejaram uma boa gestão ao novo presidente. “Parabéns pela eleição, conselheiro Mario. Com a proteção de Deus, certamente vossa excelência fará uma ótima gestão. Não temos dúvida de sua capacidade para conduzir este Tribunal e avançar cada vez mais”, afirmou a conselheira-presidente Yara Lins dos Santos.
Experiência e reconhecimento
Ao parabenizar o presidente eleito, o conselheiro e futuro corregedor Júlio Pinheiro destacou a experiência administrativa do presidente eleito, que tem 42 anos de serviço público, 27 deles como chefe da Representação do Amazonas em Brasília.
“A máxima de que a melhor gestão de todos os tempos sempre será próxima é verdadeira no TCE. A próxima gestão sempre é melhor que a anterior, porque a tendência é aperfeiçoar o trabalho. Peço aos servidores que deem total o apoio ao conselheiro, não tenho dúvida de que fará uma excelente administração”, enfatizou Júlio Pinheiro, ao relembrar que a gestão da conselheira Yara Lins dos Santos fez grandes avanços e que o colegiado sempre respeitou o critério de rodízio para composição do corpo diretivo.
O conselheiro Josué Filho relembrou que o TCE-AM é um órgão com as contas ajustadas, que ampliou seu trabalho pedagógico, aperfeiçoou o controle externo, modernizou-se com um datacenter, mas sem esquecer-se dos servidores. “Vossa Excelência, conselheira Yara, reforçou as vigas desta Corte de Contas. De todos nós que já presidimos este Tribunal, a senhora foi a que transformou o TCE em um tribunal humano, com o seu olhar de mãe e mulher”, afirmou, após desejar uma boa gestão ao conselheiro Mario de Mello.
Em nome do MPC, o procurador João Barroso colocou o órgão à disposição do TCE para ajudar no crescimento do TCE. Os auditores Mario Filho, Alípio Reis Firmo Filho e Luiz Henrique Mendes, também, se colocaram à disposição para colaborar no que for preciso.
Presidência com muita vontade de acertar
Após ouvir os votos de parabenizações dos conselheiros e demais integrantes do colegiado, o presidente eleito Mario de Mello agradeceu a confiança depositada nele, por meio do voto individual, e afirmou que irá presidir a Corte de Contas, nos próximos dois anos, com bastante lucidez, equilíbrio, serenidade e de forma transparente, para que o TCE tenha sempre mais respeito da sociedade.
“A responsabilidade é grande, porque eu assumo para dar continuidade a vários gestores que tocaram este Tribunal com muita competência, garra, vontade e determinação. A população pode esperar de nossa gestão dois pontos principais. O primeiro é o respeito ao dinheiro público. Segundo ponto, este Tribunal irá fazer valer o que ele sempre fez: fiscalizar, ser pedagógico, mas, acima de tudo, com muita garra. Nossa administração será uma administração com muita força, com muita vontade de acertar e de respeitar o momento que o Brasil está vivendo”, afirmou o conselheiro Mario de Mello.
Perfil do futuro presidente do TCE
Nascido em Alagoas, o vice-presidente do Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), conselheiro Mario Manoel Coelho de Mello, tem 60 anos, é casado com juíza Elza Vitória de Mello, tem oito filhos (um do coração) e seis netos.
Ele ingressou na Corte de Contas em setembro de 2015. Dois anos antes, em 2013, ele se tornou cidadão do Amazonas, por meio de título concedido pela Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), por seus serviços relevantes prestados ao Estado por quase três décadas em Brasília.
Antes de ser indicado para compor o colegiado da Corte de Contas, Mario de Mello era representante do Governo do Amazonas em Brasília, onde atuou, desde o ano de 1991, no relacionamento institucional do Amazonas junto ao Governo Federal, demais governos estaduais e Corpo diplomático.
Em sua trajetória como conselheiro do TCE-AM, Mario de Mello já ocupou o cargo de Ouvidor-geral, Presidente da 2ª Câmara e atualmente é vice-presidente do Tribunal. Idealizou o 1º Simpósio Nacional de Ouvidorias, evento que tem atraído centenas de autoridades para debater as melhorias e o aperfeiçoamento do sistema de ouvidorias.
Graduado em Gestão Pública pelo Centro Universitário Euro Americana (Unieuro), em Brasília, o conselheiro também possui especialização em Política e Estratégia pela Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (Aderg), além de ter participado do curso de Relações Públicas no Instituto Austríaco de Relações Internacionais de Strasbourg, na Áustria.
Antes de atuar na representação do Amazonas em Brasília, Mario de Mello foi vereador em Maceió (AL), entre 1983 e 1989 e secretário de Estado de Ação Social em Roraima, entre 1990 e 1991, além de professor de cursinhos. O conselheiro tem mais de 42 anos de vida pública.
Texto: Elvis Chaves | Fotos: Ana Cláudia Jatahy