Eles são símbolo de coragem, resiliência e dedicação à missão de defender a população. Além de servidores da Segurança Pública, eles também são homens, maridos e pais. Heróis de meninos e meninas que os aguardam voltar seguros para casa. Os pais da segurança Pública contam como conciliam a rotina de trabalho com os cuidados com a família.
O subtenente Júlio Araújo dedica sua vida há 26 anos ao Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM). Colecionando experiências e ocorrências, Júlio afirma que sua vida profissional e pessoal é cheia de momentos marcantes. Um deles ocorreu em 1995, quando atendeu uma ocorrência de incêndio no Centro, em uma loja de pneus. Enquanto tentavam apagar o fogo, uma explosão colocou-o preso nos escombros com alguns companheiros presos. Ele sofreu queimaduras e quebrou ossos.
Apesar de viver episódios onde sua vida é colocada em risco, o subtenente afirma que ser bombeiro é a realização de um grande sonho. “Creio que já deixei meu legado, mais uma vida lá dentro. Além da minha, tem a do meu filho, que também é bombeiro. O outro sonha em seguir. Ser bombeiro vem do coração, eu não queria e nem poderia seguir outra profissão senão essa” garantiu.
O amor de Júlio Araújo e sua dedicação aos bombeiros foi tão intensa que inspirou seus dois filhos a seguir a carreira de heróis do fogo. Para ele, é um orgulho imenso saber que seus dois meninos, hoje homens, fazem parte da corporação. O filho mais velho, Jammyson Freitas, trabalha atualmente no Batalhão de Bombeiros Especiais.
“Meus dois filhos foram criados dentro do Corpo de Bombeiros. O Jammyson foi meu aluno duas vezes nos cursos de formação, e nossa primeira atividade juntos foi em Parintins, em 2014, quando trabalhos na unidade de resgate. Foi outra situação impagável, de você dividir com seu filho o fruto do seu conhecimento, o fruto do seu trabalho”, contou o subtenente.
Realizando o sonho de ser delegado de polícia, Torquato Mozer, afirma que hoje é um homem realizado não só pela profissão, mas também como pai de dois meninos e uma menina. “Conciliar a missão de ser pai e ser delegado não é fácil, mas eu tento compensar essa falta, acompanhando o desenvolvimento deles e vivendo momentos felizes e marcantes, além de compartilhar o que meus pais me ensinaram, tento passar valores e conhecimento”, afirmou.
Com passagens pelo comando da Rocam e do Batalhão de Choque, o tenente-coronel Paulo Emílio acumulou experiência em situações de crise. Hoje, atua como piloto no Departamento Integrado de Operações Aéreas da Secretaria de Segurança Pública. Entrou na Polícia Militar em 2001 e realizou o sonho de criança que era ser piloto de helicóptero. Mais recentemente, há nove meses, outro sonho realizado: o de ser pai. A primogênita, Maria Emília, enche os olhos de orgulho e esperança.
“Eu sempre sonhei em ser pai, e considero que nasci quando a minha filha nasceu. Tudo que eu vivi antes, apesar de ter me dado felicidade, foi muito pouco na frente do que eu vivo com a minha filha. Ela é a razão dos meus dias, é minha alegria, e ela é o motivo que me faz querer voltar para casa seguro. Depois que eu me tornei pai, eu vi a responsabilidade que tenho de trazer minha tripulação sã e salva para casa. A Maria me faz querer pousar seguro e devolver os meus companheiros para seus filhos”, disse.