19:08 – 02/10/2019
FOTO: BRUNO ZANARDO/SECOM
O Outubro Rosa busca conscientizar sobre os cuidados e prevenção ao Câncer de Mama. Realizar exames regularmente após os 40 anos e a importância sobre o autoexame da mama, estão entre as recomendações dos especialistas. No campo da prevenção, o destaque vai para a promoção de atividades físicas e a alimentação saudável.
A mamografia, a partir dos 40 anos, é o método indicado para rastreio do câncer de mama, que reduz em até 40% as mortes por esse tipo de neoplasia. O exame deve ser feito anualmente. As pessoas com histórico de câncer na família devem iniciar o rastreio a partir dos 35 anos.
As mulheres nessa faixa etária devem procurar atendimento inicial em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) e solicitar agendamento para a mamografia, segundo explicou coordenadora da atenção oncológica da Secretaria de Estado de Saúde (Susam), Marília Muniz.
“Ela chegou na UBS, está na faixa etária de risco e precisa fazer sua mamografia? Essa mamografia vai poder ser solicitada aqui em Manaus por um enfermeiro, porque a Semsa Manaus permite que seja por um enfermeiro ou por um médico. Essa mulher já vai ter a mamografia agendada pelo Sisreg (Sistema de Regulação). No interior, o procedimento é o mesmo”, disse a coordenadora.
Autoexame – O Ministério da Saúde considera autoexame das mamas, em que a própria mulher apalpa os seios, uma ajuda no conhecimento do próprio corpo. Mas, o órgão alerta que o exame não substitui o exame clínico das mamas realizado por um profissional de saúde treinado.
No autoexame, caso a mulher observe alguma alteração, a Secretaria de Estado de Saúde (Susam) orienta a procura imediata de uma UBS mais próxima de sua residência, para solicitar o exame clínico.
Prevenção – De acordo com a coordenadora da atenção oncológica da Susam, Marília Muniz, a prevenção primária do câncer de mama está relacionada ao controle dos fatores de risco conhecidos e à promoção de práticas e comportamentos considerados protetores.
“Os fatores hereditários e os associados ao ciclo reprodutivo da mulher não são, em sua maioria, modificáveis; porém fatores como excesso de peso corporal, consumo de álcool e terapia de reposição hormonal, são, em princípio, passíveis de mudança. Estima-se que, por meio da alimentação, nutrição, atividade física e gordura corporal adequados, é possível reduzir em até 28% o risco de a mulher desenvolver câncer de mama no Brasil”, ressaltou ela.
Muniz destaca como medidas que podem contribuir para a prevenção primária da doença, a prática de atividade física regular, a manutenção do peso corporal adequado, além da adoção de uma alimentação mais saudável, e evitando ou reduzindo o consumo de bebidas alcoólicas. “Amamentar é também um fator protetor”, afirma a coordenadora.
Tratamento – A Fundação Centro de Controle de Oncologia (FCecon) é referência no tratamento de câncer e recebe pacientes de todo o Amazonas e de outros Estados da região Norte, como Roraima e Pará.
De acordo com Marília Muniz, o tratamento oferecido varia de acordo com o tipo e estágio do tumor. “Assim, a definição terapêutica é determinada caso a caso. Vale lembrar, que quando mais cedo for descoberta a doença, maiores serão as suas chances de cura. No entanto, hoje é possível sim viver bem mesmo com a doença metastática”, disse ela.
Os tratamentos são classificados em terapia local e terapia sistêmica. A cirurgia e a radioterapia visam tratar o tumor no local, sem afetar o resto do organismo. Já a terapia sistêmica consiste em medicamentos administrados por via oral ou diretamente na corrente sanguínea, para atingir as células cancerosas em qualquer parte do corpo. A quimioterapia, a terapia hormonal e a terapia-alvo são exemplos de terapias sistêmicas.
Segundo projeção mais recente do Instituto Nacional do Câncer (Inca), cerca de 420 novos casos de câncer de mama devem ser registrados no Amazonas, anualmente.
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