Novo formato do Edital Conexões Culturais é debatido por artistas e agentes
Mais de 150 artistas participaram da reunião realizada na noite de terça-feira 28/5, pela Prefeitura de Manaus, para debater e votar as propostas de alteração do formato de seleção do Edital de Conexões Culturais 2019. O incentivo é garantido por meio de lei desde 2017 e tem se consolidado como um dos modelos ininterruptos de política pública de fomento às artes e cultura no Brasil.
Na vanguarda da tendência atual de aproximação da curadoria e da crítica artística ao objeto analisado, a Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Eventos (Manauscult) apresentou a proposta de seleção de projetos de forma desburocratizada, que ocorre em duas etapas: inscrição por meio de formulário on-line, com upload de documentação pessoal, cronograma orçamentário e portfólio do proponente; e defesa oral, em formato de pitch, junto à banca avaliadora, que também será eleita por votação on-line, pelos agentes culturais.
A proposta foi aprovada pelos presentes que acrescentaram, ainda, a possibilidade de utilização de recurso audiovisual durante a defesa junto à curadoria. Além disso, os artistas votaram a favor da comissão avaliadora ser formada por três membros atuantes na cena local, escolhidos por meio do voto popular, e por outros três membros de outros Estados a serem indicados pela Manauscult. Em ambos os casos, será preciso comprovar experiência em participação de outras bancas de seleção de projetos. A presidência da comissão, por lei, é feita por um membro do poder público.
Outro ponto discutido foi sobre a possibilidade de apenas o proponente do projeto realizar a arguição junto à comissão. A proposta apresentada pela Manauscult, de que qualquer membro que componha a ficha técnica do projeto possa ser indicado para defender a ideia, foi aprovada por maioria simples.
Para o diretor-presidente da Manauscult, Bernardo Monteiro de Paula, esse é um modelo ainda em construção no país e, portanto, de grande responsabilidade para a Prefeitura de Manaus, uma vez que poderá vir a ser referência no sistema de seleção de projetos, por meio de edital. “Trata-se de uma forma usual no mercado de negócios e empreendedorismo e queremos preparar os nossos artistas para essa prática. Além disso, acreditamos que com a nova sistemática, a quantidade de projetos reprovados por conta da documentação seja mínima, prevalecendo, assim, a análise das ideias, da essência do projeto e ampliando o fomento de artes e cultura na cidade”, afirmou.
“O Sistema Municipal de Fomento à Cultura (Siscult) foi um compromisso do prefeito Arthur Virgílio Neto que vem, desde 2013, ampliando o sistema de editais, garantindo que as próximas gerações tenham direito e acesso à cultura”, completou.
Texto – Steffanie Schmidt / Manauscult
Fotos – Leonardo Leão / Manauscult
Disponíveis em: https://flic.kr/s/aHsmDS96CJ
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