Direitos do Cidadão
25 de Setembro de 2019 às 16h55
Nova versão do Sistema Cidadão do MPF é totalmente acessível a pessoas com deficiência visual
Ferramenta, que já garantia acessibilidade aos cidadãos que procuram o MPF, agora também permite que servidores com deficiência façam o atendimento das demandas
Arte Secom/PGR
Está no ar a nova versão do Sistema Cidadão, com funcionalidades para garantir total acessibilidade a servidores com deficiência visual que fazem o atendimento às pessoas que procuram o Ministério Público Federal (MPF). A ferramenta é a porta de entrada das manifestações feitas pelos cidadãos ao MPF e é utilizada para o atendimento das demandas realizado pela Ouvidoria e pelas Salas de Atendimento ao Cidadão (SAC) de todo o Brasil, desde 2012. O sistema, que já era totalmente acessível aos cidadãos com deficiência visual que procuram o MPF, agora também pode ser utilizado pelos servidores nessa condição que desejam atuar como atendente.
Para o ouvidor-geral do MPF, Juliano Baiocchi, o uso de ferramentas tecnológicas para garantir acessibilidade aos sistemas é fundamental para a inclusão de pessoas com deficiência em todos os setores da administração. “A inclusão de servidores com deficiência no quadro da Ouvidoria é importante para a empatia do órgão com essas pessoas. Nesse sentido, a iniciativa representa um grande avanço”, destaca. Atualmente há mais de 300 servidores com algum tipo de deficiência em todo o MPF, sendo 110 com problemas de visão.
A nova versão do Sistema Cidadão possibilita que as informações contidas na plataforma sejam reconhecidas pelos softwares de leitor de tela usados por pessoas com deficiência visual. O programa converte os dados em áudio, orientando a navegação do usuário, que consegue se localizar na página e acessar os links por meio do teclado. Segundo o analista de Direito da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), Leonardo Antônio de Moraes Filho, que testou a nova versão, os desenvolvedores de sistemas devem sempre ter a preocupação de seguir os protocolos de acessibilidade no ambiente digital, para que as ferramentas sejam responsivas. “Também é fundamental que todos os links possam ser acessados via teclado, pois a necessidade de uso do mouse inviabiliza a navegação, já que não é possível visualizar o posicionamento do cursor na tela”, explica Moraes Filho.
Outro ponto importante é rotular os botões de acesso – o que significa incluir descrições em texto sobre a funcionalidade de cada um deles – assim como descrever todas as imagens, para que o sistema consiga transformar as informações de texto em áudio e orientar o usuário. Segundo a chefe do Núcleo de Desenvolvimento e Sustentabilidade de Soluções nº 12, Patrícia Prado, a equipe responsável pelo desenvolvimento da ferramenta se especializou para compreender melhor a realidade desse público-alvo e agregar as melhorias. “Testes feitos com leitor de tela contribuíram para que a equipe pudesse sentir como era navegar pelo sistema como uma pessoa com deficiência e, assim, desenvolver empatia para tornar o Sistema Cidadão um produto ainda melhor para o MPF como um todo”, pontuou.
A nova versão do sistema passou pelo teste de servidores com deficiência visual e já incorporou as funcionalidades sugeridas pelos usuários. A ferramenta também traz mudanças de leiaute (com letras maiores e contraste de cores), o que facilita o acesso de pessoas com déficit de visão. “Embora ainda tenhamos muito a avançar no MPF, essas adaptações são fundamentais, pois ajudam a fomentar uma mudança de cultura em direção à maior inclusão de pessoas com deficiência”, conclui Moraes Filho.
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