Publicado em 27/08/2019 – 18:52 e atualizado em 27/08/2019 – 18:52
Por Sergio du Bocage, apresentador do programa No Mundo da Bola. A coluna do apresentador será publicada pela Agência Brasil semanalmente às terças-feiras. Rio de Janeiro
Qual o futuro de Neymar? Onde ele vai jogar a atual temporada europeia, que já está em andamento? Na França ou na Espanha? Da forma como as coisas são velozes, pode até ser que ao ler esse texto você já tenha a resposta. Mas da mesma maneira, como tudo é complicado e envolve muito dinheiro, é provável que essa mesma resposta demore a acontecer.
Fato é que no dia esperado para ser o da solução do futuro do jogador, chamado de “Dia D” por alguns jornais espanhóis, Neymar torna-se manchete por aparecer numa das mais famosas séries de TV – “La Casa de Papel”. E com o nome de João, interpretando um monge.
Vamos em partes – se tem algo que Neymar não é, é um monge. Longe, aliás, disso. João era o apelido que Garrincha dava aos zagueiros que ele encarava e driblava. Então também não se aplica ao nosso atacante. Já o fato de a série ser toda ela em torno de um assalto a um banco, aí sim eu concordo.
Há muito Neymar é uma fábrica de fazer dinheiro. O retorno que dá foi um dos motivos de o PSG ter investido 222 milhões de euros na contratação dele. Foi o preço da imagem, que no entanto se desgastou nesse período francês. Lesões, denúncias falsas, derrotas em campo. Neymar não fez um bom negócio ao sair do Barcelona. Mas não deixou de faturar.
Agora, seria hora de parar. Ou melhor, de retomar o caminho de um atleta profissional de futebol. De tirar a máscara, como no seriado, e assumir sua verdadeira personalidade de craque de futebol. De deixar de ser um “joão” e voltar a ser o atacante habilidoso e driblador que tanta falta faz à seleção.
De acordar de bem com a vida, deixar as finanças de lado e dar um “bella ciao”.
Edição: Sergio du Bocage