Quarta, 23 Outubro 2019 18:08
O Ministério Público do Amazonas (MPAM) por intermédio do Núcleo Permanente de Autocomposição (NUPA) está visitando comunidades de Manaus de forma precursora para identificar potenciais conciliadores comunitários. Nesta quarta-feira, 23/10, a coordenadora do NUPA, Promotora de Justiça Anabel Vitória Mendonça de Souza conversou com líderes, representantes de conselhos tutelares, das secretarias municipais, de educação e de saúde, para apresentar o projeto, na Escola Estadual Professora Karla Patrícia Barros de Azevedo, no conjunto habitacional Cidadão X, Parque Riachuelo, zona centro-oeste de Manaus.
A intenção do Núcleo, neste primeiro contato, é mostrar o trabalho que começa a ser realizado pelo órgão ministerial por meio do NUPA. A inserção das novas informações sobre a atuação dos processos de mediação já ocorreu em três bairros da capital. Nas rodas de conversa, os participantes passam a perceber que a instrumento da conciliação é importante para que pequenos conflitos possam ser solucionados com diálogo na presença de um mediador comunitário.
“Nós estamos, neste primeiro momento, criando um estímulo para mais na frente termos pessoas interessadas em trabalhar com a possibilidade de mediação transformativa. O que nós queremos, na verdade, é que as pessoas se impressionem cada vez menos com os acordos e mais com a transformação efetiva do conflito. Depois disso é que nós vamos abrir inscrições para o curso de mediadores comunitários”, declarou a Promotora de Justiça Anabel Vitória.
Suzy Santos é líder comunitária do conjunto Cidadão X e participou da reunião desta quarta-feira para conhecer mais sobre o projeto do NUPA e já manifestou a vontade de integrar um grupo para ajudar na mediação de conflitos dentro da área onde mora.
“Esse trabalho é de extrema importância para todos nós. O Ministério Público está mais próximo da gente e nos auxiliando na solução rápida de pequenos conflitos, se que sejam necessários grandes deslocamentos. Por isso nos sentimos acolhidos de uma forma extraordinária porque é isso que nós queremos e já está acontecendo”, declarou Suzy.
A participação dos líderes comunitários, durante as rodas de conversa, possibilita a identificação dos perfis de cada um deles para a futura integração ao processo de formação como mediadores. “Todas as comunidades nos receberam muito bem e com muito interesse. A comunidade tem sede de acesso à justiça realmente transformativa em que a gente trabalhe não só com fato e Direito mas também com fato, Direito e sentimento”, finalizou a Promotora Anabel Vitória, coordenadora do NUPA-MPAM.
Texto: Agnaldo Oliveira Júnior – ASCOM MPAMFotos: Gustavo Sanpi – ASCOM MPAM