A Mostra de Artesanato e Economia Solidária da Secretaria de Estado do Trabalho (Setrab), em Parintins, superou os dois últimos anos em número de vendas. Um total de R$ 344.110,00 foi gerado em cinco dias de exposição, no período do 54º Festival Folclórico do município. O evento, em parceria com a Fundação Estadual do índio (FEI), ultrapassou as expectativas e garantiu renda aos artesãos, segundo a secretária da Setrab, Neila Azrak.
“Superamos os números de produtos vendidos e de renda gerada. Isso me alegra muito, porque são vidas e famílias ganhando o seu sustento e conseguindo novas oportunidades de negócios. E com certeza tudo isso reflete positivamente na economia do nosso Estado”, afirmou a secretária.
A Mostra de Artesanato de 2017 alcançou R$ 65.611,00 com as vendas de peças artesanais. Em 2018, foram gerados R$ 187.556,00 a partir de 13.446 produtos comercializados. Porém, superando os dois últimos anos, a Mostra de 2019 alcançou um valor de R$ 344.110,00. A edição deste ano revela um crescimento de vendas de 83,4%, quando comparado ao ano anterior.
A exposição recebeu um público de aproximadamente 22.800 pessoas, e cerca de 30.639 mil peças, incluindo encomendas, foram comercializadas por artesãos de Parintins, Manaus, São Gabriel da Cachoeira e Nhamundá.
A turista Gisela Gadelha, que mora nos Estados Unidos, visitou a Mostra de Parintins pela primeira vez e comprou vários adereços. Segundo ela, o artesanato amazonense é lindo e as peças conquistam pela originalidade e preço justo. “Tudo muito bonito, tudo muito original, e é muito legal poder levar um pouquinho da região amazônica para mim. Eu moro nos Estados Unidos, e é mais especial ainda eu ter um pedacinho do Brasil lá”, disse.
Para a artesã indígena Yuma Nahiri, 43 anos, de São Gabriel da Cachoeira, participar da Mostra de Artesanato foi uma oportunidade única, em que mostrou os trabalhos artesanais de 23 povos indígenas. “Foi a primeira vez que participei e foi muito bom, porque o Governo do Amazonas nos incentivou a trazer trabalhos do Alto Rio Negro para tantas pessoas. Foi muito interessante compartilhar nossa arte, gerar renda e ter nosso trabalho valorizado. Quero participar outras vezes”, destacou.