A camisa nove do Brasil nos Jogos de Tóquio, caso a seleção masculina chegue lá, parece cada vez mais perto de Matheus Cunha. Artilheiro da conquista brasileira no Torneio de Toulon, um dos mais tradicionais do futebol de base, o atacante do RB Leipzig, da Alemanha, manteve o bom momento pela equipe pré-olímpica nos amistosos disputados no Pacaembu, em São Paulo. Após marcar uma vez no 2 a 0 sobre a Colômbia, na última quinta-feira (5), o jovem de 20 anos foi decisivo contra o Chile nesta segunda-feira (9): com dois gols e uma assistência para Antony, ele liderou a vitória por 3 a 1.
Se diante dos colombianos o gramado pesado dificultou o jogo brasileiro, desta vez foi diferente – exceto pelo primeiro gol sair cedo. Acelerando a bola e com a troca de passes fluida, a seleção iniciou a partida envolvendo os chilenos. Aos 15 minutos, Matheus Cunha se antecipou à marcação, recebeu de Pedrinho e bateu na saída do goleiro para abrir o placar.
O Chile se soltou aos poucos. Com toques rápidos, obrigou Wendel e Douglas Luiz a acumularem faltas no meio-campo. Em uma dessas jogadas, aos 35 minutos, Iván Morales escapou de Ibañez e cruzou da direita para Víctor Dávila bater de primeira e acertar a mão de Lyanco na pequena área. Pênalti, que o próprio Dávila converteu para deixar tudo igual. E antes do intervalo, Cleiton fez duas defesas que evitaram a virada.
Na etapa final, o Brasil retomou o ataque à saída de bola adversária, com Matheus Cunha comandando a pressão. E como aconteceu diante da Colômbia, deu certo: aos seis minutos, o centroavante aproveitou uma bobeada da zaga na grande área para marcar o segundo. E aos 17, após outro erro chileno forçado pela marcação brasileira, o camisa nove abriu para Antony, atacante do São Paulo, encobrir o goleiro e ampliar.
Jogo administrado. Nervos, nem tanto. Aos 33, após duas faltas seguidas de Alex Ibacache em Pedrinho, jogadores das duas seleções trocaram empurrões. Após a briga, sobrou para o chileno e para Lyanco – que tentou separar os brigões, mas também acabou expulso, no último lance de emoção da partida.
A seleção olímpica volta a jogar em outubro, ainda sem data, local e adversários definidos. Já em novembro, disputa um torneio amistoso na Espanha contra Argentina, Estados Unidos e a equipe da casa.
FICHA TÉCNICA
BRASIL 3×1 CHILE
Local: Estádio Municipal Paulo Machado de Carvalho (Pacaembu), em São Paulo (SP)
Data: segunda-feira, 9 de setembro de 2019
Horário: 20h (de Brasília)
Árbitro: Guillermo Guerrero (Equador)
Assistentes: Juan Macías e Ricardo Baren (ambos Equador)
4ª árbitra: Edina Alves Batista (Brasil)
Público total: 5.059 pessoas
Renda: R$ 76.700,00
Cartões amarelos: Douglas Luiz, Emerson, Guilherme Arana (Brasil), Ángelo Araos e Camilo Moya (Chile).
Cartões vermelhos: Lyanco (Brasil) e Alex Ibacache (Chile).
Gols: Matheus Cunha (Brasil), aos 15, e Victor Dávila (Chile), aos 35 minutos do primeiro tempo; Matheus Cunha (Brasil) aos 6 e Antony (Brasil) aos 17 minutos do segundo tempo.
BRASIL: Cleiton; Emerson (Guga), Lyanco, Ibañez e Guilherme Arana (Abner Vinícius); Douglas Luiz, Wendel (Jean Lucas) e Pedrinho (Walce); Antony (Artur), Matheus Cunha (Arthur Cabral) e Paulinho. Técnico: André Jardine.
CHILE: Gonzalo Collao; Raimundo Rebolledo, Nicolás Ramírez, Nícolas Díaz e Alex Ibacache; Camilo Moya, Gabriel Suazo (Matías Cavalleri), Victor Dávila (Carlos Lobos) e Ángelo Araos (Sebástian Galani); Nicolás Guerra (Diego Valencia) e Ivan Morales (César Muder). Técnico: Bernardo Redín.
Edição: Verônica Dalcanal