08:59 – 01/11/2019
FOTO: Divulgação
A boa vontade dos doadores que participaram do “Baby Chá Solidário” da Maternidade Alvorada vai beneficiar pelo menos 100 mães em situação de vulnerabilidade social. Ao todo, cerca de 500 itens foram doados e por volta de 100 kits serão distribuídos às gestantes que chegam à maternidade sem enxoval.
As primeiras dez doações foram entregues pela secretária executiva de Atenção Especializada da Capital (SEA-Capital) da Secretaria de Estado de Saúde (Susam), Dayana Mejia de Sousa, às mães nesta quinta-feira (31/10), em um evento de agradecimento aos doadores realizado no auditório do Abrigo Mocyr Alves, no Alvorada.
A secretária destacou que a maternidade recebeu uma das melhores avaliações do Ministério da Saúde (MS), neste ano, em relação ao atendimento humanizado. “A gente sabe a importância que a Maternidade Alvorada tem para a comunidade. Isso não é só um gesto de solidariedade, um gesto de doação. Isso significa humanização, significa se preocupar não somente com o parto dessa mãe, mas em toda a atenção primária que essa mãe e essa criança deve receber. Não é só mais um bebê, é uma família e essa maternidade transforma as vidas dessas famílias dessa forma”, ressaltou a secretária.
Sem nada para receber a pequena Arielly nos braços, a mamãe Andrielli Souza, 21, disse que o gesto veio em boa hora. “Nos primeiros meses as roupas são praticamente descartáveis, porque o bebê cresce muito rápido. Então acho muito importante ter essa doação, que é o que eu quero fazer quando essas roupinhas não deram mais na minha filha. Do lado da minha casa tem uma gestante de 4 meses e quero fazer o mesmo por ela.”, disse Andrielli.
Ao menos 100 kits com roupinhas, fraldas, itens de higiene pessoal e outros itens doados ao longo do mês de outubro no “Baby Chá Solidário” estão sendo montados, mas de acordo com a assistente social da maternidade, Ely Sandra Bruno, o gesto que começou pequeno entre os funcionários só tem crescido e a todo momento chegam mais doações. “O importante é que esse movimento de solidariedade não vai parar. Vai continuar e as pessoas podem procurar a maternidade para doação, porque nossa demanda não para de chegar”, reforçou ela.
O diretor da maternidade, Marcos Vinicius, falou sobre a mobilização, como um ato de humanização do atendimento. “Por ter o selo ‘Hospital Amigo da Criança’ (do Ministério da Saúde), nossa maternidade tem um peso muito maior em relação ao atendimento humanizado, então a gente percebeu que algumas mães saiam da maternidade sem nada. Um momento ímpar na vida da mulher de ter seu filho e não ter uma roupinha para vestir o seu bebê ao sair da maternidade não queríamos que fosse assim, por isso nos mobilizamos”, relembrou o diretor.
Com 8 meses de gestação, Manuela Farias, 20, entende bem o que relatou o diretor. Ela conta que ainda não tinha enxoval do filho, devido às dificuldades financeiras encontradas pela família. “Eu não tinha nada, nada, nada mesmo! Você não tem ideia do que significa pra mim ter essa roupinha, esse lencinho umedecido para receber meu filho”, celebrou ela.
Doações – A maternidade continua recebendo doações. São aceitas fraldas descartáveis e de pano, roupinhas, toalhas, lençóis, lenços umedecidos, pomadas de assadura, sabonete e demais produtos de higiene. Os itens podem ser novos ou usados, porém em bom estado. As doações podem ser entregues diretamente no serviço social da maternidade. Mais informações pelo 98403-5767, com as assistentes sociais, Ely Sandra, Luana Tavares e Belcrian da Silva.
Atendimento – Neste ano, a Maternidade Alvorada realizou até 30 de setembro, 8.694 atendimentos, desse total, 421 foram atendimentos a mulheres estrangeiras e 377 especificamente a refugiadas venezuelanas.
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