Quinta, 31 Outubro 2019 19:02
Raimundo Nonato Marques de Souza foi condenado a 38 anos de prisão pela morte de Cleiciane Guimarães da Costa, sua mulher, então no segundo trimestre de gravidez, fato ocorrido em Eirunepé (1.160 Km de Manas). Além de condenar o réu por feminicídio, Júri concordou com o Ministério Público do Amazonas (MPAM) que o motivo do crime foi fútil e que Raimundo também deveria ser condenado por aborto praticado por terceiro sem o consentimento da vítima. Cleiciane foi morta no dia 07 de abril de 2016, a facadas, por ter dito a Raimundo que o pai do filho que ela carregava no ventre era outro homem. O julgamento de Raimundo foi feito no dia 18 de outubro.
Este foi o caso de maior repercussão entre os cinco nos quais o Ministério Público, representado pelo Promotor de Justiça Thiago Leão Bastos, atuou na acusação tendo alcançado aprovação dos respectivos conselhos de sentença em todos. O promotor relata que estas foram as primeiras sessões de julgamentos pelo Tribunal do Júri, realizadas no ano de 2019, no município. “As condenações proferidas pelo Tribunal do Júri na cidade de Eirunepé têm um valor simbólico para a população, que tem sede de justiça e não tolera mais os altos índices de criminalidade. Por esta razão que o público compareceu em massa às sessões de julgamento”, analisa Thiago Bastos.
Outros processos julgados
No dia 16 de outubro, Railson Menezes de Azevedo foi condenado a 12 anos de prisão, em regime fechado, por ter matado Ismael Bispo da Silva com golpes de pedaço de madeira, sendo o crime motivado por uso de drogas (motivo fútil).
Dia 21, José Railson de Oliveira Nunes, que matou Geronilson de Moura Marinho com um golpe de faca nas costas, foi condenado a 12 anos de reclusão por ter praticado homicídio qualificado pela traição.
Dia 23, o Júri tratou do caso de Antônio Franklin Soares do Nascimento. Ele assassinou José Egildo Alves da Silva mediante três golpes de faca na região abdominal, causando à vítima 9 perfurações intestinais. Além disso, ameaçou uma testemunha da acusação para que confessasse falsamente a autoria do crime. O réu foi condenado a 15 anos de reclusão pela prática de homicídio qualificado por recurso que dificulte a defesa da vítima.
E no dia 25, Francisco Alex Pedrosa dos Santos, vulgo “AD”, por ter matado Adrinaldo Lima da Silva com dois golpes de faca nas costas em frente a sua mãe de criação, foi condenado a 12 anos de reclusão pela prática de homicídio qualificado pela traição.