Com a chegada do verão, aumenta o número de casos de acidentes com cerol utilizado em papagaios, de acordo com o Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam). A Gerência de Fauna do órgão alerta para o risco do material, ou outra linha cortante, que costuma causar ferimentos e amputações em aves.
De acordo com o gerente de Fauna do Ipaam, Marcelo Garcia, essas aves ficam presas nas linhas que caem nas árvores, funcionando como uma armadilha. Os ferimentos causados são, na maioria das vezes, tão graves que acarretam a morte do animal ou levam à amputação das asas e pernas.
“A utilização dessas linhas causa inúmeros impactos à fauna, gerando uma quantidade considerável de aves amputadas que deixarão de desempenhar seu papel ecológico. Aquelas que não conseguem se recuperar são destinadas para jardins zoológicos, criadouros e mantenedores”, disse.
As espécies mais resgatadas pelo Ipaam por ferimento de linha de cerol, são: Gavião-carijó, Pariri, Murucututu, Maitaca-roxa e Bem-te-vi.
Além da linha com o cerol, que é feito a partir de uma mistura de cola e vidro, muitas pessoas em Manaus também estão utilizando uma outra linha cortante, a “chilena”, que virou febre entre as pessoas que soltam pipas.
Como ajudar? – Garcia recomenda que, caso a população encontre algum animal nesta situação, a primeira ação a ser tomada é solicitar o resgate da espécie no Ipaam pelo número: (92): 2123-6739.
Proibido – Desde 2015, a capital do estado dispõe de uma Lei que proíbe a venda e o uso desses materiais. A Lei Municipal 1.968 determina que “fica proibida, no município de Manaus, a venda e uso do cerol (mistura de cola e vidro moído), linha chilena de óxido de alumínio e silício ou de qualquer material cortante usado para empinar (soltar) papagaios ou similares, salvo nas áreas específicas que o Poder Público Municipal poderá vir a estabelecer para estes fins”.